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72% dos argentinos não acreditam em reativação da economia

Por Agencia Estado
Atualização:

Há três meses o governo do presidente Eduardo Duhalde começou a fazer alarde de que o país estava começando a sair da crise e que estava vivendo um "veranito" (verãozinho) econômico. No entanto, poucos setores estariam sendo beneficiados, basicamente aqueles que vivem das exportações. Para a imensa maioria dos argentinos, este "veranito" não passa de um blefe do governo Duhalde. Segundo uma pesquisa do Centro de Estudos de Opinião Pública (Ceop), 72% dos argentinos não acreditam que a reativação econômica já começou. Outros 14,3% consideram que houve - ou está ocorrendo - por um breve espaço de tempo uma leve recuperação da abalada economia argentina. Somente 9,8% acreditam que a recuperação do país já começou. A pesquisa também indica que 80% dos entrevistados consideram que a reativação econômica não ocorrerá no ano que vem. Além disso, 73% sustentam que estão em piores condições econômicas do que estavam em janeiro, quando o governo desvalorizou a moeda nacional, o peso. A cotação do dólar, que no início do ano estava em 1,00 peso, atualmente está em 3,50 pesos. Inflação Além de não acreditar nas juras de "veranito" feitas pelo governo Duhalde, os argentinos também olham com desconfiança o índice de inflação elaborados pelo ministério da Economia. Segundo o governo, a inflação acumulada desde janeiro é de 40%. No entanto, para a consultora CCR, só a inflação acumulada sobre alimentos e bebidas cresceu 75,6% desde o início do ano. Os alimentos da cesta básica foram os que mais aumentaram. A farinha teve um aumento de 4,8%, o arroz 15,5%. O óleo de cozinha aumentou 14,1%.

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