
26 de junho de 2015 | 02h04
Mas a última Sondagem Indústria da Construção da CNI, divulgada na quarta-feira, mostrou sinais de inflexão na tendência: os indicadores continuam no campo negativo (ou seja, abaixo dos 50 pontos que separam a faixa positiva da negativa), mas, em alguns itens, se estabilizaram ou registraram leve melhora entre abril e maio.
Realizada entre os dias 1.º e 12 de junho com 598 empresas, a pesquisa continua refletindo o ambiente desfavorável que envolve o setor desde o início da Operação Lava Jato, em março de 2014. Mas, entre abril e maio, o nível de atividade teve leve aumento (de 36,5 pontos para 37,7 pontos), o mesmo ocorrendo com a atividade em relação à usual (de 29,4 pontos para 30,7 pontos), o número de empregados (de 36,3 para 36,6 pontos) e até o uso da capacidade de operação (de 60 para 61 pontos).
As expectativas também mostraram pequena evolução, de 39,5 pontos para 41,8 pontos no item novos empreendimentos e serviços, de 38,7 para 40,7 pontos na compra de insumos e matérias-primas e de 38,4 para 40,7 pontos no número de empregados. Só as perspectivas para os investimentos continuaram caindo, de 29,3 pontos em abril para 28,9 pontos em maio.
Não há dúvida de que persiste a tendência de queda do setor, como notaram os técnicos da CNI. Índices inferiores a 50 pontos indicam baixo grau de atividade, pouca disposição de contratar e utilização insatisfatória da capacidade produtiva.
Mas é preciso avaliar quando o setor da construção vai se estabilizar, ainda que em patamar baixo. Em maio, as grandes empresas, em pior situação nos levantamentos anteriores, deram indícios de reação no tocante à atividade atual e às expectativas. As piores percepções vieram das empresas médias. Outro sinal positivo veio da Fundação Seade, que constatou um aumento de 41 mil pessoas (+5,9%) contratadas em maio pelo setor da construção, no Estado de São Paulo.
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