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A empresa deve ter gestão profissional

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Por Redação
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Wilson Poit passou a infância no escuro. Sua casa, na pequena cidade de Rinópolis, no interior de São Paulo, não era abastecida pela rede elétrica. A ausência de eletricidade na vida do menino talvez ajude a explicar sua fascinação pelo assunto. Por isso, quando Wilson resolveu prestar vestibular na capital, escolheu a carreira com facilidade: engenharia elétrica. E hoje, aos 52 anos, seu trabalho curiosamente consiste em garantir que não falte luz para ninguém. Wilson é dono da Poit Energia, empresa de locação de geradores que fatura R$ 160 milhões por ano, emprega 430 funcionários, atua em outros quatro países da América Latina e pretende abrir capital na Bovespa. Para atingir esse desempenho, entretanto, o empresário teve de superar a infância pobre, mas também as perdas causadas por três negócios que fracassaram.Na primeira tentativa, uma empresa de instalações elétricas aberta em 1985, Wilson achava que seu conhecimento técnico bastaria para o empreendimento ser bem sucedido. Puro engano. "A empresa dependia muito de mim, e o problema é que não sou bom em gestão", admite. O negócio foi encerrado e, em 1988, Wilson decidiu voltar às raízes e trabalhar no campo. Comprou um sítio em Rinópolis para produzir frutas, mesmo sem entender nada da cadeia de alimentos. "Eu nem sequer tinha um plano de negócios", lembra. A empresa durou três anos.Em 1991, Wilson abriu, então, uma loja para vender material elétrico e hidráulico. A empresa não ia mal, mas também não decolava. "Não tínhamos escala, então o negócio não saía do lugar." Em 1995, o empresário fechou as portas e aprendeu a lição: para ser bem sucedido, teria de abrir uma empresa em que pudesse crescer bastante.Foi com essa bagagem que Wilson criou a Poit. "As experiências anteriores me mostraram que o empreendedor deve se cercar de profissionais muito bons, delegar tarefas, se não a empresa não cresce. E deve ter uma gestão profissional, transparente, que inspire confiança nos clientes e fornecedores."

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