17 de fevereiro de 2015 | 02h03
Outro estudo, a primeira estimativa para a safra de 2015 do IBGE, mostra números ainda mais positivos: a área de plantio cresceu 1,6% e a produção de grãos deverá atingir 201,3 milhões de toneladas, 4,4% superior à da última safra.
Nem as graves restrições climáticas parecem ameaçar as culturas de verão, embora tenha havido queda da produtividade, em especial, no Sudeste e no Centro-Oeste, segundo a Conab. Em resumo, é improvável que a oferta de grãos seja insatisfatória neste semestre. E, se tudo correr como se espera, eventuais impactos inflacionários da agricultura serão pequenos.
A área plantada de grãos é estimada pela Conab em 57,39 milhões de hectares, superando em 0,6% - ou 359,9 mil hectares - a da safra 2013/2014. A estimativa anterior era de expansão de 1,27% da área. Mas deverão continuar crescendo as áreas destinadas à soja (+4,4%), ao sorgo (+2,7%) e à mamona(+35,7%).
O plantio de algodão, amendoim, arroz, feijão, milho e soja na Região Centro-Sul está concluído. E em março terminará a segunda safra de feijão, algodão, amendoim e milho.
A soja continua liderando a produção, que deverá atingir 94,58 milhões de toneladas, 9,8% mais do que na safra anterior, com aumento da produtividade de 5,2%. Também a produção de arroz deverá crescer (+0,2%), mas estão previstas quedas nas produções de algodão e de milho, além do feijão.
Com a desvalorização do real, os produtores do agronegócio estão mais otimistas. No último trimestre, voltou a crescer o Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Além de assegurar a adequada oferta doméstica de alimentos a preços estáveis, a agricultura fortalece as exportações e a balança comercial. Só as vendas externas do complexo soja, por exemplo, atingiram US$ 31,3 bilhões entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2015.
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