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A ‘febre’ da mídia no impeachment nos EUA

Cobertura do caso que pode tirar o mandato de Trump vira campo disputado por veículos de comunicação

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Por Redação
Atualização:

Dezoito testemunhas já prestaram depoimentos. É o tipo de caso que parece se expandir a cada dia e, muitas vezes, a cada hora. Grande número de personagens luta para comandar a narrativa do que realmente ocorreu. Se o espectador e leitor acredita que está afogado em notícias sobre o processo do impeachment nos EUA é porque isso realmente está acontecendo.

O caso – que pode, mas não deve, acarretar na cassação de Donald Trump – virou prato cheio para diversos produtos de mídia. Dúzias de podcasts, newsletters e séries em vídeo estão sendo produzidas sobre o assunto. E cada uma delas promete a cobertura definitiva do tema.

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“O jornalismo criou um ambiente que pode confundir muita gente e, ao mesmo tempo, surgem algumas vozes amigáveis prometendo: ‘Ei, vou ajudar você a ficar em dia com essa informação’ – e isso pode ser bastante útil”, disse David Sinker, jornalista, escritor e consultor que criou a própria newsletter sobre o caso, impeachment.fyi, no ar desde 30 de setembro.

Nos últimos meses, a cobertura do impeachment virou um campo disputado. Muitos veículos de comunicação de grande porte, como CNN, PBS, The Washington Post e o The New York Times, oferecem newsletters sobre o processo.

A informação também é distribuída por meios menos tradicionais, como o projeto sem fins lucrativos Project on Government Oversight (Projeto para a Fiscalização de Governos) ou Heather Cox Richardson, professora da Universidade de Boston que usa o Facebook para divulgar a newsletter “Cartas de uma americana”.

Podcasts

Caso um cidadão prefira ouvir podcast, o menu também é variado e vem de fontes como CNN, NBS, Vox e BuzzFeed. Do ponto de vista conservador, há funcionários de Trump, como Steve Bannon e Jason Miller, que produzem Sala de Guerra: Impeachment. O NYT criou uma série sobre o impeachment com os mesmos criadores de seu principal podcast, The Daily.

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A proliferação desses podcasts reflete atual “febre” do setor, disse Nicholas Quah, editor da Hot Pod, publicação dedicada a cobrir a indústria de narrativas em áudio. “Se o impeachment tivesse ocorrido em 2017, provavelmente a cobertura estaria mais concentrada em canais no Snapchat ou Instragram.”

Sinker disse que sua newsletter já tem mais de 10 mil assinantes e que doações para produzi-la não param de chegar. Ele não sabe se, passado o périplo de Trump com o Congresso, a newsletter continuará a fazer sentido. Mas não tem planos de deixar de escrevê-la no curto prazo.

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