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A Heineken parte para a briga

Empresa vai dobrar a produção da marca no País e apostar em novos produtos para depender menos da cerveja Kaiser

Por LÍLIAN CUNHA
Atualização:

Há exatamente um ano, executivos da Heineken Brasil estavam em uma operação extenuante. Negociavam com Adriano Schincariol, então presidente e principal acionista da Schincariol, com 51% do capital, a aquisição da companhia. Além de discutir preço, também brigavam por dados mais transparentes sobre as finanças da empresa. Não imaginavam que cerca de 60 dias depois a japonesa Kirin, nona maior cervejaria do mundo, iria levar a fatia de Alexandre por R$ 3,95 bilhões (17 vezes seu Ebitda - lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Meses depois, os japoneses pagaram mais R$ 2,5 bilhões pelo restante da companhia. Nem de longe os quase R$ 6,5 bilhões eram o que a Heineken pretendia pagar pela Schin, que, além de 13 fábricas, daria à cervejaria holandesa mais 10% de participação no mercado - dobrando sua presença no Brasil - e um sistema próprio de distribuição, uma vez que a empresa ainda usa o sistema Coca-Cola, com a qual tem contrato até 2022.

 

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