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A Omint resiste ao apelo da massificação

Por Clayton Netz
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A Omint, operadora de saúde líder no nicho voltado ao público de alta renda, espera crescer 15%, terminando 2010 com um faturamento estimado em R$ 550 milhões. Detalhe: sem concessão à tendência, muito comum em praticamente todos os setores de atividades no Brasil, de tentar uma carona no mercado da classe média emergente, com produtos e serviços mais em conta. Como, por sinal, já ocorreu, por motivos diametralmente diferentes, com a matriz argentina da Omint, controlada pelo grupo Villa Larroudet. "Na Argentina, por causa da crise que assolou o país no início da década, o grupo teve de mudar seu posicionamento e passou a atuar no mercado de saúde massificado", diz Andre Coutinho, presidente da Omint brasileira. "Aqui, ao contrário, nossa lucratividade e crescimento têm sido garantidos pela solidez da clientela de alta renda, mais imune às crises." Segundo Coutinho, o nicho especial explorado pela Omint vem assegurando uma trajetória sem percalços desde sua entrada no País, em 1980. "Temos uma rentabilidade de 8% ao ano, uma das mais elevadas do setor de saúde local", afirma. "Dobramos de tamanho nos últimos cinco anos."A Omint tem 100 mil clientes no Brasil. Em sua maior parte (três quartos do total), são bancados por empresas. Não por acaso: afinal, os preços cobrados pela Omint, cujos planos costumam ser utilizados para a retenção de talentos pelas corporações, estão entre os mais salgados do mercado. "Alguns clientes, quando recebem uma proposta de emprego, exigem continuar com a Omint na nova empresa", diz Coutinho.REFORMA TRIBUTÁRIAAuditores querem revisão da isenção da remessa de lucrosA revisão da política de isenção do imposto de renda da remessa de lucros e dividendos ao exterior é uma das propostas polêmicas que deverão ser debatidas no 10.º Encontro Internacional de Direito Tributário, marcado para os dias 6, 7 e 8 de outubro, no Recife. A recomendação faz parte de um estudo elaborado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Segundo o trabalho, somente em 2009 a remessa de lucros e dividendos feita pelas multinacionais chegou a US$ 26,5 bilhões (ou R$ 46,1 bilhões). Caso ainda vigorasse a alíquota de 15%, que existiu até 1995 para taxar as remessas ao exterior, a União teria arrecadado R$ 6,9 bilhões. Para o Sindifisco, em vez da isenção pura e simples, a melhor alternativa seria o princípio da reciprocidade: o benefício seria concedido apenas aos países que adotassem a alíquota zero para as remessas das empresas brasileiras. FARMACÊUTICOAlemã Merz estuda aquisições no BrasilO grupo farmacêutico alemão Merz Pharmaceuticals está de olho na aquisição de laboratórios no Brasil. "Estamos buscando crescer e as compras são uma possibilidade", diz Roberto Marques, presidente da Merz-Biolab, uma joint venture que o grupo alemão formou no começo do ano com a brasileira Biolab. Dona de um faturamento global de 770 milhões, a Merz vende no mercado brasileiro o Xeomin e o Radiesse, concorrentes do Botox e do Dyspord, que, entre outras aplicações, podem ser usados para preenchimento labial e no combate a rugas. Segundo Marques, a Merz-Biolab investirá R$ 20 milhões na estruturação da operação local e na condução de estudos clínicos com pacientes brasileiros.TURISMO DE NEGÓCIOSAlianças aéreas dominam vendas corporativasAs companhias que integram alianças aéreas globais ficam com a maior fatia na emissão de passagens corporativas no Brasil. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), essas alianças responderam por 85% das vendas para viagens de negócios no primeiro semestre deste ano. A Star Alliance, que conta com a adesão de companhias como United Airlines, TAP e TAM, entre outras, liderou a emissão de tíquetes, com 46% do total, seguida pela Oneworld (JAL, LAN Chile, American Airlines), com 19%, e pela Skyteam (Air France, Delta, Korean Air). "As alianças estão jogando pesado na disputa pelo mercado corporativo", diz Faustino Pereira, presidente da Abracorp.IMÓVEISAlto padrão vende como Minha Casa, Minha VidaOs empreendimentos imobiliários de alto padrão estão mostrando um fôlego digno do Minha Casa, Minha Vida, em São Paulo. Que o diga a CCDI, braço do grupo Camargo Corrêa: no fim de semana passado, a incorporadora vendeu em apenas 36 horas mais de 60% dos 246 apartamentos do conjunto The Parker, duas torres de 25 andares, na Aclimação, em São Paulo. Detalhe: embora a Aclimação esteja longe de figurar entre os bairros chamados nobres da capital paulista, o preço médio de cada unidade oferecida pela CCDI, com área entre 134 metros quadrados e 357 metros quadrados, é de R$ 1 milhão. ENERGIA CPFL investe em datacenter "verde"A CPFL inaugurou no começo desta semana, em Campinas (SP), um centro de dados baseado em conceitos de sustentabilidade. O sistema, que servirá para atender as 42 empresas de energia do grupo, recebeu investimentos de R$ 20 milhões. Segundo Marcelo Carreras, diretor de TI da CPFL, o novo datacenter vai economizar até 30% de energia e reduzir a emissão de gás carbônico.BARCOS DE LUXO Senna exibe conversível em feira paulistaO empresário Leonardo Senna, representante no Brasil da inglesa Fairline Boat, um dos maiores fabricantes mundiais de iates, vai exibir um brinquedinho de R$ 5,8 milhões aos visitantes do São Paulo Boat Show, que será realizada entre os dias 14 e 19 de outubro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Trata-se do Targa 58 - Grand Turismo, apresentado pela Fairline como o único barco do mundo que vira conversível. Graças à tecnologia que remove o teto, janelas e portas, o salão da embarcação pode ser transformado em um ambiente ao ar livre. Detalhe: a dinheirama mencionada acima é apenas para o modelo "básico" do barco. Caso sejam incorporados acessórios mais sofisticados, a conta sobe bastante.COMIDA PARA TODOS US$ 31,1 bifoi o total das exportações brasileiras de alimentos industrializados em 2009, segundo a Apex-Brasil

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