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'A queda na minha renda foi de 90%', diz comerciante

Felipe Trotta sentiu os efeitos da crise econômica a partir de 2015

Por Douglas Gavras
Atualização:

Felipe Trotta, de 40 anos, ainda se lembra da primeira vez que sentiu os efeitos da crise econômica batendo à sua porta. Em 2015, havia inaugurado a casa de espetáculos Baródromo, no Rio, voltada à apresentações de samba. “A ideia era reunir um espaço de celebração da música na região da cidade onde o samba nasceu e que estava sendo revitalizada por projetos da Petrobrás. O futuro parecia perfeito.”

Naquele ano, porém, o País entraria em recessão e os efeitos da queda do preço do petróleo e das denúncias de corrupção enterrariam os investimentos no bairro. A casa de shows quase faliu.

Felipe Trotta, 40 anos, teve de fechar um dos seus bares por conta da crise Foto: Wilton Junior/Estadão

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“Acabamos mudando de endereço, mas foi até melhor. Depois da crise, a casa crescia. Até que veio a pandemia e fechamos de vez”. Trotta ficou só com outro estabelecimento que tinha, o Cine Botequim, de menor porte. 

“A queda na renda foi de 90%. Cartão de crédito e previdência privada já eram, e acabei mudando para uma casa menor. A gente tinha criado um museu informal do carnaval, mas o sonho foi desfeito. As alegorias, que enfeitavam a casa de shows, agora envelhecem em um galpão.”

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