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Saiba como foi a semana em Economia & Negócios

Aprovação da reforma trabalhista, venda do controle da Alpargatas - dona da marca Havaianas - e o programa de demissão voluntária do Bradesco foram os destaques

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Por Redação
Atualização:

Nesta semana, o governo do presidente Michel Temer conseguiu mostrar força política e obteve uma vitória importante no Senado ao aprovar, na terça-feira, 11, a reforma trabalhista por 50 favoráveis e 26 contrários. Após o resultado, Temer afirmou que a aprovação da medida era uma “vitória contra o desemprego”.

Na cerimônia em que sancionou a reforma, na quarta-feira, 12, o presidente reafirmou que editará uma Medida Provisória - a ser votada pela Câmara dos Deputados - para ajustar itens do texto, e descartou a volta do imposto sindical pago por trabalhadores.

Tentando construir uma agenda positiva, no mesmo dia em que sancionou a reforma trabalhista o governo reuniu dezenas de prefeitos no Palácio do Planalto para anunciar diversas medidas de estímulo para obras de infraestrutura nos municípios. No total, foram liberados R$ 11,7 bilhões em financiamentos.

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Confira outros destaque do noticário econômico na semana de 10 a 14 de julho: 

Selic. Em meio às dificuldades do governo para promover uma retomada consistente da economia, o mercado financeiro alterou suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2017 e 2018. O Relatório de Mercado Focus apontou na segunda-feira que a mediana das previsões para este ano passou de 8,50% para 8,25% ao ano. Há um mês, estava em 8,50%.

Orçamento para 2018. O Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018 na quinta-feira, 13. O texto aprovado manteve a meta de 2018 enviada pelo governo, que admite um déficit primário de R$ 129 bilhões para o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). O texto abre espaço de apenas R$ 39 bilhões para expansão dos gastos no ano que vem, o que resulta da correção do teto de 2017 (R$ 1,3 trilhão) pela inflação acumulada em 12 meses até junho (3%).

Demissões no Bradesco. Motivado pela compra do HSBC no Brasil, o Bradesco vai fazer o primeiro programa de demissão voluntária (PDV) de sua história. O banco espera que a iniciativa alcance, ao menos, 5 mil colaboradores, de acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, podendo chegar a 10 mil funcionários, em uma estimativa de adesão maior. O programa começa no próximo dia 17 de julho e vai até 31 de agosto. 

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Havaianas.  O grupo J&F, dono da JBS, fechou a venda do controle da Alpargatas – dona da Havaianas – para Itaúsa (holding de investimentos do Itaú) e Cambuhy/Brasil Warrant (braços de investimento da família Moreira Salles), por R$ 3,5 bilhões em dinheiro. A venda foi negociada por causa da necessidade da J&F se capitalizar para arcar com obrigações relacionadas ao acordo de leniência que os irmãos Joesley e Wesley Batista fecharam com o Ministério Público Federal (MPF), que acarretará o pagamento de R$ 10,3 bilhões em 25 anos.

Refis. Reconduzido ao posto de relator do projeto que cria um novo programa de refinanciamento de dívidas (Refis), o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) voltou a incluir, no novo texto, condições mais vantajosas para as empresas. O parecer aprovado na quarta-feira, 13, pela comissão mista da Medida Provisória (MP) 783 eleva os descontos em multas e juros para até 99% e concede a maior número de devedores o benefício de pagar um valor menor de entrada.

Nesta sexta-feira, 14, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o Ministério da Fazenda ainda avalia os impactos do novo programa de refinanciamento de dívidas, conhecido como Refis, mas que a arrecadação resultante do projeto pode ser reduzida a um montante bem baixo, próximo a R$ 1 bilhão. A previsão inicial da área econômica era arrecadar R$ 13,3 bilhões este ano com o programa.

Nova taxa de juros do BNDES. Depois das críticas públicas do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Paulo Rabello de Castro, à proposta do governo para a nova taxa de juros balizadora dos empréstimos da instituição, a equipe econômica escalou um time de peso para defender a chamada Taxa de Longo Prazo (TLP) na primeira audiência pública sobre o tema, que ocorreu na Câmara dos Deputados na quarta-feira, 12. Na semana passada, Rabello  alertou que a fórmula proposta pelo governo pode prejudicar as empresas tomadoras de crédito na instituição ao reduzir a ‘previsibilidade’ das condições dos financiamentos. 

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