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''A situação financeira lá em casa melhorou''

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Por Redação
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Iogurtes, leites aromatizados, sucos, pratos prontos congelados, além de cremes hidratantes e produtos para o cabelo entraram, no último ano, na lista de consumo da professora de educação física Natália Teles do Carmo. Com um filho de dois anos, ela se preocupa com o consumo de produtos saudáveis, mas também dá valor a tudo que facilite seu dia-a-dia. "Alimentos prontos, por exemplo, como massas congeladas e sobremesas, são muito práticos. Mesmo que custem um pouco mais caro do que o feito em casa, vale a pena", diz. No Wal-Mart, por exemplo, as vendas de sobremesas congeladas estão 30% acima das de 2007. Natália justifica também o aumento de consumo de alimentos e produtos de beleza pelo incremento de renda do marido, que é bancário. "Estou comprando mais porque a situação financeira lá em casa melhorou", diz. O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Martinho Paiva Moreira, pondera que nos lares das classes C/D/E o poder de decisão de compra está nas mãos da mulher que tem uma grande preocupação com o bem estar da família. "Ela está atenta a todos os lançamentos e é sensível ao apelo dos produtos saudáveis como a consumidora de maior poder aquisitivo", diz. No início de 2008 o consumo das famílias se manteve aquecido. Em janeiro comparado com o mesmo mês em 2007, o volume de compras de leites aromatizados, por exemplo, foi 26% maior, de cremes e loções 22% e o de amaciantes 18%. Os números da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revelam também o crescimento de vários produtos que podem ser chamados de supérfluos. As vendas de sorvetes em 2007 na comparação com o ano anterior cresceram 20,4%, os produtos isotônicos 20,1% e os chás líquidos 15,1%. O casal de comerciantes Wesley Ortiz de Carvalho e Carolina Franco Paré, além de trocar de carro no ano passado, aumentou o volume de compras em casa. "A fatura mensal do meu cartão de crédito ficou em média em torno de R$ 1 mil por mês. No ano anterior minhas despesas eram menores e o limite do meu cartão mais baixo", diz Wesley. O Gol 87 foi trocado por um Ômega 95 e a diferença, acertada à vista. Mas foi no consumo do dia a dia, principalmente no supermercado, que Wesley e Carolina incrementaram os gastos. "É claro que o parcelamento no cartão facilitou. Mas a renda também está melhor", diz Carolina.O casal trabalha numa rede de lojas de surfwear e foi beneficiado pelo aumento das vendas. Os gastos com vestuário das famílias, segundo a LatinPanel, cresceram 11% em 2007 ante 2006. "Compramos mais alimentos nos supermercados, fomos a restaurantes e viajamos várias vezes para o litoral e interior", diz Wesley.

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