Publicidade

A tecnologia vestível pode fazer o celular virar peça de museu

Por HOMEM e OBJETO
Atualização:

A

era da tecnologia vestível já caminha a todo vapor. Quase não se passa uma semana sem ouvir falar que alguém está desenvolvendo um relógio, óculos ou pulseira que conta batimentos cardíacos ou se conecta à internet.

PUBLICIDADE

Ainda paira uma certa sensação de incredulidade, em que mais uma vez a indústria tecnológica tenta nos vender algo de que não precisamos. É cedo para ter certeza. Basta pensar que há uns dez anos você certamente teria dito que conseguiria viver tranquilamente sem um telefone que manda e-mails. Ou que um site onde todos os seus amigos passam o dia mostrando fotos da família ou compartilhando links pareceria algo bem supérfluo.

Há algo a ser dito em favor dos aparelhos vestíveis: eles resolvem um dos grandes incômodos dos smartphones, que é precisar das mãos para usá-los. Com um óculos ou relógio conectado, acabaram-se os desajeitados momentos de se buscar um celular no fundo da bolsa ou no chão do carro. Não é preciso, aliás, parar o carro para usar, nem desviar o olhar do volante.

Olhando pelo ângulo da praticidade, os vestíveis fazem tanto sentido que sua adoção em massa será apenas questão de tempo e custo. Espere até 2030. Seremos lembrados como uma era rudimentar de aparelhos móveis, ilustrada por pitorescas cenas onde as pessoas telefonavam com as mãos.

Falando na sexta com Lior Ron, VP sênior de produtos da Motorola, ele aposta em uma coexistência entre smartphones e vestíveis em um futuro próximo. Segundo ele, ainda vamos precisar do celular para assistir a um vídeo ou acessar arquivos na nuvem. Mas ele também acredita que, mais para frente, poderá ser um objeto cada vez mais dispensável.

Ainda assim, em certos aspectos, não é preciso reinventar a roda. Por mais que se leia de vez em quando sobre chapéus, perucas ou camisetas conectadas, é provável que a tecnologia vestível seja oferecida através de objetos consagrados como o relógio de pulso e os óculos, com destaque para o primeiro. O Google já tomou seu lugar nas duas categorias. Depois de surpreender com o Google Glass, anunciou há pouco o Android Wear, sistema para relógios.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.