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Abatimento do PPI vai depender do desempenho econômico

A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira no Rio que o abatimento do Projeto Piloto de Investimentos (PPI) do superávit primário em 2007 não está decidido a priori, e vai depender do desempenho da economia. "Não é obrigatório que tenha que excluir do superávit, você persegue o superávit de 4,25% do PIB, e, se for necessário, abate alguma coisa do PPI. Mas isto não se dá necessariamente, pode se fazer um (superávit) mais alto e o PPI caber dentro do superávit", disse o ministro. Com isso, o superávit fiscal não necessariamente ficará abaixo dos 4,25% anunciados pelo governo como meta nos últimos anos, explicou. O ministro deu entrevista, após participar de um almoço com os ministros da Fazenda e das Relações Exteriores do Mercosul. Segundo Mantega, o uso do PPI para reduzir o superávit é algo "que vai depender da economia, não é uma decisão que você toma a priori". Ele disse que o objetivo perseguido é o de redução da relação dívida/PIB, que "é o objetivo maior de uma política de responsabilidade fiscal". Mantega acrescentou que o governo vai demonstrar no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que vai ser lançado na segunda-feira, que as medidas da atual política econômica levarão a uma substancial redução da relação dívida/PIB a cada ano. O ministro lembrou que no "road-show" que fará em breve na Grã-Bretanha, sobre a política econômica brasileira e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ele estará em contato com um governo - os trabalhistas ingleses - que já adota o conceito de que os investimentos não são contabilizados no superávit primário. "Será um encontro de pessoas que pensam de maneira semelhante", disse o ministro. Ele concluiu dizendo que "o PAC é apenas mais um instrumento da política econômica, mas não é o único". No almoço de ministros, foram discutidos problemas de fronteira, agilização de alfândegas, a briga das "papeleiras" entre Argentina e Uruguai, a entrada da Bolívia no Mercosul e a finalização da entrada da Venezuela.

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