O diretor de assuntos internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi, não acredita que os passageiros da Transbrasil - que anunciou ontem a paralisação temporária de suas atividades - sairão lesados do episódio. Segundo ele, não é interessante para as demais companhias aéreas recusar a acomodação de passageiros da Transbrasil em seus vôos durante os próximos dias. "É muito melhor liqüidar o problema do que manter uma crise congênere", disse Rossi, enfatizando que a Transbrasil não pediu falência nem concordata e que, a princípio, deve normalizar seus trabalhos em breve. Ele está otimista ainda em relação à devolução do dinheiro dos bilhetes e ao pagamento das diárias hoteleiras pela Transbrasil aos passageiros que estiverem em trânsito. Quanto aos vôos charter (fretados para excursão), o executivo da Abav acredita que não haverá confusão, já que a Transbrasil não vinha reservando aeronaves para grupos recentemente, devido à quantidade limitada de aviões. No início de novembro, a companhia reduziu sua frota a cinco Boeings 737-300 e quatro jatos Brasília, pertencentes à Interbrasil. Há alguns meses os aviões só eram abastecidos mediante pagamento à vista à Shell.