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ABDE pretende entregar um plano de desenvolvimento sustentável a autoridades políticas

Ações colocadas em prática agora terão impacto significativo para as próximas gerações – para o bem ou para o mal; portanto, não é exagero dizer que este é um dos maiores desafios do século 21

Por Sergio Gusmão Suchodolski e Jeanette Lontra
Atualização:

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, também conhecida como COP-26, recebeu centenas de líderes das principais potências para debater as profundas transformações climáticas que afetam o planeta e exigem uma mudança urgente no atual modelo de desenvolvimento econômico e social. As instituições financeiras de desenvolvimento, como os bancos de desenvolvimento, as cooperativas de crédito e as agências de fomento, não só podem, como devem ser protagonistas nesse momento de agir na busca de uma sociedade mais sustentável e inclusiva. 

Floresta Amazônica vista da Torre Alta, de um altura de aproximadamente 150 metros; instituições financeiras de desenvolvimento não só podem, como devem ser protagonistas na busca de uma sociedade mais sustentável Foto: Herton Escobar/Estadao

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É inegável que estamos diante de enormes desafios climáticos e sociais e ações precisam ser colocadas em prática para mudar a situação atual. Diante desse cenário, oportunidades são criadas e devem ser aproveitadas, como a criação de negócios de baixo impacto, por meio da redução da emissão de carbono e da adoção de tecnologias verdes e sustentáveis. Além disso, um projeto de Amazônia sustentável é imperativo, implicando uma série de investimentos que precisarão de financiamento. 

A boa notícia é que as instituições financeiras de desenvolvimento se anteciparam e deram o start na transição da economia para o modelo sustentável e têm captado recursos em grande volume com parceiros internacionais, por meio de linhas de crédito criadas para financiar projetos sustentáveis ou por meio da emissão de títulos verdes e sustentáveis. 

Importante ressaltar que os volumes obtidos das instituições financeiras internacionais, como bancos multilaterais, são de linhas temáticas. Portanto, o uso do recurso tem de ser obrigatoriamente aplicado no tema do desenvolvimento sustentável e não pode ser destinado a outra finalidade. 

No entanto, ainda precisamos avançar. É fundamental criar políticas públicas e promover melhorias regulatórias alinhadas a essa agenda de futuro. Nesse sentido, a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), composta por 31 instituições financeiras de desenvolvimento, vem construindo um plano de desenvolvimento sustentável – o Plano ABDE 2030. O documento será composto de projetos e ações concretas, com ênfase no fomento, para impulsionar o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O Plano será entregue aos presidenciáveis, governadores, presidentes da Câmara e Senado, entre outras autoridades políticas. 

Sabemos que estamos diante de um imenso desafio. Afinal, as transformações climáticas são o maior obstáculo para o futuro do planeta. As ações colocadas em prática agora terão impacto significativo para as próximas gerações – para o bem ou para o mal. Portanto, não é exagero dizer que este é um dos maiores desafios do século 21.

* RESPECTIVAMENTE, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO (ABDE) E DO BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERAIS (BDMG); E PRESIDETE DO BADESUL E VICE-PRESIDENTE DA ABDE

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