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Abdib diz a Meirelles que crédito continua escasso

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:

Ainda que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tenha afirmado recentemente que as concessões de crédito já voltaram para os níveis do período anterior à crise financeira internacional, representantes do setor de infraestrutura afirmam que, na prática, a situação ainda é difícil para os tomadores. Na tarde de hoje, um grupo de aproximadamente 20 empresários, além de técnicos do setor, esteve reunido com Meirelles, na sede do BC na capital paulista, por três horas para expor os obstáculos que enfrentam ao buscar recursos de financiamento. "Foi muito proveitosa a reunião", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy. Resumidamente, a mensagem do setor produtivo para o BC foi a de que o crédito continua caro e escasso. Na abertura do encontro, o presidente do BC apresentou os principais aspectos da crise financeira internacional e expôs seu ponto de vista a respeito dos desdobramentos nos Estados Unidos, Europa e países emergentes, dando destaque para o Brasil. Em seguida, enumerou as medidas adotadas pela autoridade monetária que visaram a uma diminuição do impacto da turbulência externa sobre o mercado doméstico. Ele aproveitou para enfatizar também que o setor de crédito voltou ao patamar verificado no pré-crise. Do lado dos empresários, segundo Godoy, houve a transmissão da informação para Meirelles de que os projetos já contratados estão enfrentando dificuldades na renovação de empréstimos de curto prazo. Em especial os empréstimos-ponte, aqueles obtidos pelos empresários para um período determinado até que os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estejam disponíveis. "E quando o empresário encontra espaço para renovação das operações de financiamento, os juros estão muito caros", considerou. Ele explicou que as operações de crédito do mercado são complementares à fonte de recursos obtida por meio do BNDES - que representa aproximadamente 70% do total. O BC não se pronunciou a respeito do encontro.

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