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Abiec: Giannetti quer vender carne in natura aos EUA

Por Alexandre Inácio
Atualização:

Em pauta há mais de uma década, a abertura do mercado norte-americano para a carne in natura brasileira será uma das metas do novo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Giannetti da Fonseca. Na avaliação do representante dos frigoríficos exportadores, o Brasil já tem condições suficientes para brigar pela abertura daquele mercado, que está fechado por questões sanitárias, especialmente a febre aftosa. "Mais do que vender para o país que mais paga pela carne, exportar para os Estados Unidos significa obter credibilidade junto a outros mercados que seguem a mesma linha americana", afirma Giannetti. A chegada nessa semana de uma missão norte-americana a Santa Catarina pode ser o início das negociações de abertura. Os americanos vistoriam o rebanho e o sistema de abate de bovinos e suínos e deverão receber representantes do Brasil em Washington, no mês de agosto. "Vamos buscar uma pauta bilateral entre os países, já que um acordo por meio da Rodada Doha ainda deve ser muito demorado", afirma Giannetti. O novo presidente da Abiec não quis fazer uma previsão de quando o mercado americano estará aberto, mas disse acreditar que alguns resultados já poderão ser sentidos a partir de 2009. Atualmente, o Brasil exporta para os Estados Unidos apenas carne industrializada, que é o principal mercado para esse tipo de produto. Segundo dados divulgados hoje pela Abiec, entre janeiro e maio, os embarques para aquele mercado somaram US$ 106,33 milhões, queda de 17,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em volume, as exportações para os Estados Unidos recuaram 24,8%, passando de 69,03 mil toneladas nos cinco primeiros meses de 2007 para as atuais 51,8 mil toneladas acumuladas em 2008.

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