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Abinee critica fim do racionamento

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor da área de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) de energia da Associação Brasileira da Indústria de Elétrica e Eletrônica (Abinee), Newton José Leme Duarte, afirmou nesta terça-feira que o governo poderia ter apenas afrouxado o racionamento de energia elétrica, que termina em 1º de março, para recuperar mais rapidamente os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. "O governo teve uma grande oportunidade de afrouxar o processo e manter o racionamento, de forma a manter o conceito de economia de energia sem prejudicar a indústria, o comércio e o consumidor residencial", afirmou. Mesmo com o fim do racionamento, ele acredita que o País não terá problemas com energia até pelo menos o primeiro trimestre de 2003. Segundo Newton, a economia feita até agora "não foi na carne, mas na gordura" do consumo. Duarte acredita que a redução forçada do consumo fez a indústria melhorar sua produtividade. "Isso deve continuar", disse. O principal alerta feito pelo diretor, que é também gerente-geral para sistemas industriais da multinacional GE, foi que o País precisa diversificar sua matriz energética, hoje quase toda calcada na energia gerada pelas hidrelétricas. "É preciso explorar a energia térmica, para não ficarmos dependentes das chuvas. O gás natural pode ser usado até 15 mil MW (megawatts) ou 20 mil MW no País, devido ao tamanho das nossas reservas e das dos países fornecedores", disse.

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