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Abinee: setor deve ter alta de 11% na receita em 2008

Por MICHELLY TEIXEIRA
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A indústria eletroeletrônica deve encerrar 2008 com faturamento de R$ 123,7 bilhões, o que representará uma alta de 11% sobre a receita do ano passado, de acordo com projeção divulgada hoje pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Como a entidade espera inflação próxima de zero para os produtos do setor no período, o crescimento nominal, em moeda brasileira, será equivalente neste ano-calendário. Para 2009, a Abinee estima um aumento de cerca de 7% no faturamento do setor, que alcançaria os R$ 132,8 bilhões. A previsão para o ano que vem leva em consideração um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3%. Neste ano, com exceção do setor de componentes elétricos e eletrônicos, que cedeu 5%, e o de utilidades domésticas, que exibiu estabilidade nas vendas, as demais áreas da indústria eletroeletrônica devem apresentar expansão "expressiva" no faturamento. De acordo com a Abinee, que promove hoje entrevista coletiva para apresentar dados sobre o desempenho do setor em 2008, a crise financeira mundial, que se agravou a partir de setembro, "não afetou significativamente o crescimento do setor previsto para o ano em razão da forte atividade registrada até aquele momento". Emprego Conforme a Abinee, o desempenho da indústria eletroeletrônica contribuiu para o aumento do número de empregados no setor, que passou 156,1 mil em dezembro de 2007 para 165,5 mil atualmente, com geração de 9,4 mil postos diretos de trabalho. O número de empregados diretos deverá se manter estável ao redor de 166 mil no próximo ano. Exportação A estimativa da associação é de que a exportação de produtos elétricos e eletrônicos termine o ano com alta de 11%, passando de US$ 9,3 bilhões em 2007 para US$ 10,3 bilhões em 2008. Já as importações desses itens devem somar US$ 33,7 bilhões em 2008, superando em 40% as compras efetivadas no ano anterior, de US$ 24 bilhões. Assim, o déficit da balança comercial do setor passará de US$ 14,7 bilhões em 2007 para US$ 23,4 bilhões. Em 2009, as exportações deverão crescer 13%, atingindo US$ 11,65 bilhões, enquanto as importações subirão em ritmo menor, com alta de 7%, para US$ 36 bilhões, totalizando um déficit comercial de US$ 24,35 bilhões.

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