26 de novembro de 2012 | 11h10
WASHINGTON - A Casa Branca alertou em um relatório que seguir adiante com a questão do abismo fiscal poderá resultar em uma diminuição de 1,4 ponto porcentual no Produto Interno Bruto (PIB) real dos EUA e em uma redução dos gastos dos consumidores durante a temporada de compras de fim de ano. Os parlamentares norte-americanos têm poucas semanas para chegar a um acordo para evitar que uma série de aumentos de impostos e cortes de gastos seja automaticamente adotada em janeiro.
Embora o relatório elaborado pelo Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca e pelo Conselho Econômico Nacional da Casa Branca seja novo, economistas, grupos empresariais e executivos insistiram anteriormente na necessidade de os integrantes do Congresso dos EUA resolverem a questão rapidamente. Os próprios parlamentares já disseram que não pretendem esperar até o último minuto.
O abismo fiscal (fiscal cliff) é uma combinação de aumentos de impostos e cortes de gastos no valor de cerca de US$ 500 bilhões previstos para entrar em vigência em janeiro. Os cálculos da Casa Branca indicam que, se isso realmente for implementado, os consumidores deverão gastar US$ 200 bilhões a menos em 2013 do que poderiam sem as medidas - um valor "aproximadamente quatro vezes o montante total que 226 milhões de consumidores gastaram no fim de semana da Black Friday".
O relatório reitera o pedido do presidente Barack Obama para que o Congresso estenda imediatamente os alívios fiscais sobre rendas de até US$ 250 mil. Obama quer que os cortes de impostos sobre rendas acima disso, que os republicanos querem estender, sejam debatidos depois. "Não existe razão para manter a classe média refém enquanto debatemos os cortes de impostos para quem recebe renda mais alta", afirma o relatório.
No começo de novembro o Escritório Orçamentário do Congresso, que não é partidário, afirmou em um relatório que os aumentos de impostos e cortes de gastos do governo levarão a economia dos EUA de volta à recessão em 2013 e resultarão em um salto na taxa de desemprego para 9,1% no fim do próximo ano. O relatório da Casa Branca porém, não inclui menção à recessão nem projeções sobre desemprego. As informações são da Dow Jones.
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