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ABN adia publicação de resultado para fevereiro

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Por Redação
Atualização:

O banco holandês ABN AMRO não vai mais divulgar o resultado do terceiro trimestre na quinta-feira, como anunciado anteriormente, informou um porta-voz nesta terça-feira. O banco holandês vai agora publicar seu balanço junto com o resultado anual do Royal Bank of Scotland em 28 de fevereiro, afirmou o ABN em comunicado. Segundo analistas, os negócios do ABN se sustentaram no terceiro trimestre, mesmo durante a desaceleração final durante a concorrida disputa pelo banco entre Barclays e o consórcio formado por Royal Bank of Scotland, Fortis e Santander, vencida por este último. O ABN deveria divulgar lucro líquido entre 1,09 e 1,35 bilhão de euros, ou 0,59 a 0,73 euro por ação, de acordo com duas projeções fornecidas à Reuters. Analistas reduziram ou encerraram a cobertura do banco. O foco estará na saúde das unidades de varejo do banco na Holanda e de private banking, que serão assumidos pelo Fortis e devem ser os negócios mais complicados a serem integrados. "Nós esperamos resultados satisfatórios das partes que o Fortis vai adquirir", disse Cor Kluis, analista do Rabobank, em relatório. A integração de outras partes do ABN, como as operações italianas e brasileiras que irão para o Santander, e as operações de atacado, que serão assumidas pelo Royal Bank of Scotland, deve ocorrer de forma suave. O ABN afirmou no mês passado que ainda esperava atingir a meta de 2007, de lucro por ação de 2,30 euros. Royal Bank of Scotland, Fortis e Santander já assumiram o ABN e não estava claro se a reunião extraordinária com acionistas que seria realizada na quinta-feira após a divulgação dos resultados será mantida. Neste encontro seria decidido se Mark Fisher, do Royal Bank of Scotland, seria nomeado presidente-executivo do ABN substituindo Rijkman Groenink, que está se aposentando. Fisher, 47, destacou-se como um dos arquitetos da bem-sucedida integração com o National Westminster e atualmente comanda as unidades de tecnologia da informação, serviços de suporte e compras no Royal Bank of Scotland. Seu currículo será útil para orquestrar a divisão do ABN e achar meios de cortar custos, segundo analistas. A divisão dos negócios do ABN deve começar em 2008 e espera-se que leve três anos para ser concluída. Outra preocupação é a minuciosa avaliação dos órgãos regulatórios, que deve levar três anos. (Por Reed Stevenson)

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