
16 de outubro de 2007 | 13h58
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, que também preside o banco ABN Amro, explicou que a compra do ABN por um consórcio formado pelo Santander, Fortis e Royal Scotland Bank não levará a mudanças imediatas na instituição. Barbosa explicou que as mudanças só deverão ocorrer a partir do segundo trimestre de 2008. Veja também: O que muda com a compra do ABN Amro pelo Santander "O processo está em estágio muito inicial". Segundo ele, os novos acionistas terão 60 dias para apresentar ao Banco Central holandês a proposta sobre como serão distribuídos os ativos do ABN. "Depois disso, o BC holandês terá 90 dias para apreciar a proposta". Barbosa participou de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado. A pergunta sobre o ABN foi feita pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). No último dia 10, o banco holandês aceitou a oferta do consórcio formado pelo Santander, o Royal Bank of Scotland (RBS) e o belgo-holandês Fortis de pagar US$ 71,1 bilhões, a maior da história no setor bancário. Na ocasião, mais de seis meses após a oferta de compra do britânico Barclays, cerca de 86% dos acionistas da ABN Amro aceitaram a oferta do grupo de bancos. No Brasil, as operações do ABN Amro serão assumidas pelo espanho Santander, que já é dono do Banespa. No ranking geral do mercado financeiro, incluindo os estatais, o Santander se tornará o terceiro maior banco do País, atrás apenas do Banco do Brasil e do Bradesco. Atualmente, o Santander tem R$ 123 bilhões em ativos e passará a R$ 277 bilhões. O Itaú tem R$ 255 bilhões e o Bradesco, R$ 290 bilhões.
Encontrou algum erro? Entre em contato