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Abrapp: fundos de pensão perderam R$ 8,4 bi no ano

Por Adriana Chiarini
Atualização:

O patrimônio consolidado dos fundos de pensão caiu aproximadamente R$ 8,4 bilhões de janeiro a setembro deste ano, estima a Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) no estudo "A crise e seus reflexos para os fundos de pensão brasileiros". Essa queda é resultado de uma redução de R$ 37,8 bilhões nas aplicações em ações e fundos de ações, que no início de janeiro eram de R$ 160 bilhões, compensada, parcialmente, pelo rendimento de R$ 29,4 bilhões dos investimentos em renda fixa no mesmo período. A crise se agravou a partir de 15 de setembro, primeiro dia útil após o anúncio de concordata do banco de investimento americano Lehman Brothers. O estudo considera o valor de R$ 8,4 bilhões como "pouco expressivo num quadro como o atual, caracterizado por uma intensa volatilidade". Diz também que esses recursos "não foram de fato perdidos, já que perdas só se verificam se existe venda do papel na baixa". O texto ressalta que os fundos de pensão são investidores "de muito longo prazo". A Abrapp registra que, no conjunto, os fundos têm superávit atuarial (considerando os compromissos futuros). O saldo positivo das fundações de previdência fechada com reservas excedentes estava em R$ 64 bilhões em junho. O estudo considera "tranqüilizador o fato de que os fundos de pensão têm não mais de 37,7% de seus ativos totais alocados em renda variável". Cita queda de 23,6% no índice IBX-50 de janeiro a setembro. Outra menção é que os valores alocados pelos fundos de pensão no exterior "são hoje inexpressivos" e abaixo do limite máximo de 3% de seus ativos totais.

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