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Abrapp: fundos migrarão para renda variável

Os fundos de pensão devem migrar com mais força para aplicações em renda variável, isso porque há queda nos rendimentos devido à queda dos juros. A melhor saída, segundo o presidente da Abrapp, é ampliar os investimentos em bolsa.

Por Agencia Estado
Atualização:

Dadas as quedas nos rendimentos das aplicações em renda fixa, por conta das reduções nos juros, os fundos de pensão têm de decidir entre manter seus investimentos em aplicações de baixa rentabilidade, ou ampliar os investimentos em bolsa, um segmento em tese promissor, mas de alto risco. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Privada, Carlos Duarte Caldas, os fundos deverão ficar com a segunda opção. Ao contrário do que ocorreu nos primeiros meses do ano, quando as incertezas do cenário interno e externo incentivaram uma migração dos fundos em direção à renda fixa, o segundo semestre deve ser marcado por um aumento da participação da renda variável nas carteiras de investimento das entidades. Como têm de cumprir metas atuariais, a redução dos juros e a conseqüente queda de rentabilidade da renda fixa levaram a uma mudança de política de investimentos. E essa opção hoje, apesar do risco, está na renda variável, segundo o presidente da Abrapp. Ele acredita que as análises mais otimistas quanto à bolsa, de rendimentos de até 30% até o final do ano, deva se confirmar. Apesar da expectativa de migração para os ativos de renda variável, o presidente da Abrapp diz que, pela natureza mais conservadora dos fundos, esse segmento não irá superar na composição das carteiras as aplicações em renda fixa. De acordo com os últimos dados da Abrapp sobre as aplicações dessas entidades, referentes a maio, a renda fixa (fundos de investimento, depósitos a prazo, debêntures e títulos públicos) responde por 47,7% das aplicações dos fundos, contra 35,9% nos investimentos de renda variável (ações e fundos de renda variável).

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