O presidente da Abrasca, Associação Brasileira das Companhias Abertas, Alfried Plöger diz que a necessidade das empresas terem ações ordinárias (ON, com direito a voto) para operar no novo mercado eletrônico a ser lançado no próximo dia 11, travará novas aberturas de capital. Ele observa que esse pré-requisito faz com que as empresas prefiram atuar no mercado eletrônico já existente. O empresário afirmou também que as 222 companhias associadas a Abrasca não deverão atuar no novo mercado, pois iriam preferir fazer lançamentos em Nova York, que possui um volume de negócios bem maior que o mercado doméstico. Juro alto sacrifica abertura de capitalO presidente da Abrasca atribuiu a queda na abertura de capital de companhias abertas ao juro alto no País. Ele observa que o juro real é de 10% no Brasil contra 2% nos Estados Unidos. A abertura de capital no mercado doméstico caiu de 137 empresas em 1998 para 38 em 1999 e 30 no ano 2000 até outubro. Os fechamentos de capital foram de 58 em 1998; 58 em 1999, e 45 em 2000. Plöger diz que os investidores tendem a aplicar em títulos de renda fixa. As empresas procuram fazer captação em mercados de maior liquidez. Segundo ele, isso está fazendo com que seja crescente o número de emissões de American Depositary Receipts (ADR), recibos através dos quais ações de empresas com sede fora dos EUA são negociadas na Bolsa de Nova York.