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Abrasca prevê desinteresse por Bolsa

Para presidente da Abrasca, investidor terá desinteresse por Bolsa até o segundo turno. Mercado só deverá definir-se após nomeação de ministros do novo presidente.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Alfried Plöger, avalia que os investidores permanecerão desinteressados pelo mercado de ações até a conclusão da disputa eleitoral. Ele espera fraco volume de negócios na Bolsa em decorrência do clima de insegurança que persiste no cenário político. "Ninguém vai se aventurar a comprar ou vender neste momento. O melhor é esperar." Uma amostra do desinteresse do mercado é o movimento da Bovespa ontem, de apenas R$ 271,976 milhões, o quarto menor do ano. No mês de setembro, que também teve volume baixo, a média de operações diárias foi de R$ 485,04 milhões. "A cifra desta segunda-feira não surpreende. Não acredito em reação da Bolsa no curto prazo." Para Plöger, o mercado só deve definir uma tendência após a nomeação dos ministros pelo novo presidente da República. Para ele, há grande expectativa sobre quem integrará a equipe econômica. Plöger disse que o novo período de debates, até a realização do segundo turno, vai ser positivo. "Os candidatos vão ter de aprofundar as propostas e deverá ocorrer um distanciamento entre os planos", disse. "Os debates até agora foram mornos e sem muita definição", complementou. De acordo com ele, o resultado do primeiro turno trouxe alívio ao afastar a possibilidade de o candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, continuar na disputa. Plöger disse que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e do governo, José Serra, devem agora procurar o apoio de quem ficou de fora do segundo turno, movimentação que também deve chamar a atenção do mercado.

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