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ABTA: custo do ponto extra de TV paga irá para o cliente

Por MICHELLY TEIXEIRA
Atualização:

O diretor-executivo da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg, disse hoje que o custo das operadores com o ponto extra de recepção dos sinais terá de ser repassado aos assinantes. Segundo ele, o ponto extra pode representar entre 10% e 20% do faturamento global de uma operadora. A estimativa, esclarece, é superficial e será mensurada com mais atenção amanhã, quando a associação reúne seus representantes para discutir os efeitos do novo regulamento que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) preparou para o setor. Pelas novas regras, as empresas não poderão cobrar pelo ponto extra, que permite o acesso à TV paga em outros aparelhos de TV dentro do mesmo pacote do ponto principal. "Não se trata de uma quantia desprezível e terá de ser compensada de qualquer maneira", sentencia. Ele observa, porém, que lhe parece "injusto" cobrar de toda a base por um benefício desfrutado por apenas alguns clientes. A Anatel entende que o usuário já paga pela programação ao contratar o ponto principal e, portanto, não deveria pagar pelo mesmo serviço no ponto extra. O diretor da ABTA discorda da avaliação de que as operadoras, ao taxar o ponto extra, cobram duas vezes pela programação. "Tanto que o ponto extra custa entre 20% e 30% do valor cheio, que correspondente justamente ao desconto dos custos com programação", justifica.

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