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Ação da BM&FBovespa cai à mínima desde 2009 após IOF

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Por Redação
Atualização:

A ação da BM&FBovespa recuava mais de 4 por cento nesta quarta-feira, após a decisão do governo de taxar algumas operações com derivativos para frear a valorização do real. Às 15h20, a ação da BM&FBovespa tinha baixa de 4,61 por cento, a 9,11 reais. Na mínima do dia, a ação chegou a cair a 8,98 reais, no menor nível desde 13 de maio de 2009. No mesmo horário, o índice Ibovespa caía 1,52 por cento, em linha com a baixa das ações nos Estados Unidos por causa da preocupação com a dívida dos Estados Unidos. O governo anunciou uma taxação de 1 por cento sobre as operações de derivativos cambiais feitas por investidores no país, com o objetivo de frear a queda do dólar. A moeda subia quase 2 por cento em reação à medida. Grande parte dessas operações é realizada na BM&FBovespa, onde os investidores estrangeiros chegaram a acumular quase 25 bilhões de dólares em posições vendidas em dólar futuro e cupom cambial (DDI) neste mês. Essas posições serviam, em parte, como uma aposta na valorização do real. Em entrevista à Reuters há duas semanas, o presidente da bolsa, Edemir Pinto, disse que medidas de restrição aos derivativos favoreceriam a migração de investimentos ao exterior, onde as apostas contra o dólar poderiam ser até mais alavancadas do que na BM&FBovespa. Em relatório, o analista Henrique Caldeira, do Barclays, afirma que a nova taxação pode retirar grande parte da liquidez do mercado e pode, no cenário mais pessimista, diminuir em 10 por cento a receita da bolsa. "Nós pretendemos revisar nossas projeções para refletir estimativas mais conservadoras", afirmou Caldeira. "O anúncio de hoje indica uma intolerância maior do governo com o nível do real e pode aumentar a preocupação dos investidores a respeito de controles futuros." (Reportagem de Silvio Cascione e Guillermo Parra-Bernal)

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