PUBLICIDADE

Publicidade

Ação de minoritários nos EUA visa alterar gestão da Oi

Segundo advogado da Associação dos Acionistas Minoritário (AIDIM), 'abundam' os exemplos de falta de governança na empresa

Por Renata Batista
Atualização:

RIO DE JANEIRO - O advogado da Associação dos Acionistas Minoritário (AIDIM), André Almeida, disse neste sábado, 12, em entrevista ao Broadcast, que a decisão de ingressar com uma ação coletiva contra a Oi nos Estados Unidos visa discutir a governança da companhia independentemente do processo de Recuperação Judicial, que corre na justiça brasileira. Segundo ele, "abundam" os exemplos de falta de governança na empresa, a recuperação pode continuar, mas esses problemas precisam ser sanados.

Associação dos Acionistas Minoritário ingressou com ação coletiva contra a Oi nos Estados Unidos para discutir a governança da companhia Foto: Nacho Doce/Reuters

PUBLICIDADE

"São duas jurisdições diferentes. A expectativa dos investidores é que a gestão da companhia seja alterada e melhore sua governança", disse o advogado, que também ingressou com uma proposta de acordo de leniência na Controladoria Geral da União (CGU). + Remuneração aprovada para executivos pode enquadrar Oi em plano de supervisão da CVM

Segundo ele, os acionistas representados pela AIDIM estarão presentes na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para essa segunda-feira, dia 14, embora alguns estejam com os direitos de voto cassados pela justiça.Na AGE, será analisado o balanço da companhia de 2017. Um dos pontos principais em discussão é a baixa dos depósitos judiciais, que apresenta uma diferença de quase R$ 4 bilhões em relação ao ano anterior.

"Abundam casos de falta de governança na Oi. No caso da baixa dos depósitos judiciais, há parecer da auditoria externa alertando para a situação", afirma, frisando que as ações na justiça americana não visam interromper o processo de RJ. "Estamos utilizando todos os recursos possíveis para discutir a governança da companhia", completa.+ Oi registra prejuízo de R$ 6,6 bilhões em 2017

De acordo com o minoritário e presidente da AIDIM, Aurélio Valporto, o grupo de acionistas que teve o direito de voto cassado por decisão da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre a recuperação judicial da companhia, continua na mesma situação. Segundo ele, se a justiça não tivesse tomado essa decisão depois que o grupo realizou uma AGE paralela para tentar mudar a gestão da empresa, a Oi teria dificuldades para aprovar vários pontos da pauta.+ Oi paga R$ 51 milhões em etapa do plano de recuperação judicial

"Não podemos esperar a moralização da Oi enquanto o Eurico for presidente", afirma, reforçando o ponto considerado essencial pelo advogado da AIDIM, a mudança na gestão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.