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Ação do Pão de Açúcar sobe novamente e tem forte volume

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Por Silvio Cascione
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As ações do Pão de Açúcar subiam com força pelo segundo pregão consecutivo e forte giro financeiro nesta terça-feira, em meio à cobertura de posições após o anúncio da véspera do plano de união da varejista com o Carrefour no Brasil. A proposta do empresário Abílio Diniz --com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)-- para unir o Pão de Açúcar à unidade brasileira do Carrefour irritou o Casino, concorrente do Carrefour na França e hoje principal sócio de Diniz. Após terem disparado 12,6 por cento na terça, as ações do Pão de Açúcar mostravam bastante volatilidade neste pregão, representando um terço do volume de toda a Bovespa. O papel chegou a avançar 12,10 por cento, com mais de 1 bilhão de reais em volume. Às 13h06, a ação da empresa subia 3,14 por cento, a 75,55 reais, ante alta de cerca de 0,5 por cento do Ibovespa. De acordo com operadores, a cobertura de posições vendidas é um dos fatores que explica a alta expressiva dos papéis. "Teve 'short squeeze' com certeza, ontem e hoje", disse o operador Leonardo Bardese, da BGC Liquidez, que salientou o "valor estratégico" da ação do Pão de Açúcar após a oferta de aliança com o Carrefour no Brasil. Se a operação for confirmada, a empresa resultante teria 27 por cento do varejo brasileiro. O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse que a união abriria uma "porta importantíssima" para produtos brasileiros no exterior. CASINO Profissionais de mercado também levantaram a possibilidade de que acionistas como o Casino estejam comprando ações do Pão de Açúcar no mercado para reforçar a posição na companhia brasileira. Duas corretoras estrangeiras eram os principais destaques na compra, sustentando a alta no momento mais agudo do dia. Na terça-feira, contudo, a diretoria e os principais acionistas do Pão de Açúcar foram orientados a não negociarem ações da empresa, seguindo diretrizes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em casos de anúncios de fusões e aquisições. O Casino, que acionou arbitragem internacional contra o sócio Diniz no mês passado, chamou a proposta de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil de "ilegal". A proposta de união prevê a conversão das ações preferenciais do Pão de Açúcar em ordinárias, com direito a voto.

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