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Aceleração dos preços já preocupa investidor externo

Por AE
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Embora concentrados no tenso noticiário em torno da volatilidade financeira internacional, investidores expostos a ativos brasileiros enfrentam uma crescente fonte adicional de incerteza: a trajetória da taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses. Até o fim de julho, antes do início da turbulência externa, muitas pessoas apostavam em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteria ao longo do segundo semestre o ritmo de cortes de 0,50 ponto porcentual na Selic. Em sua última reunião, em 18 de julho, o Copom, numa votação apertada, efetivou uma redução de 0,50 ponto na taxa, para 11,50% ao ano. Mas, de lá para cá, o quadro mudou muito. As variações nos preços dos alimentos foram mais altas e persistentes do que o previsto, elevando a inflação ao consumidor. O IPCA-15 deste mês constatou também uma elevação dos preços dos serviços. Por fim, houve a desvalorização do real ante o dólar causada pela volatilidade externa, cujo final ninguém arrisca prever. Diante desse quadro, a alteração das projeções entres os agentes do mercado para a Selic foi rápida. A previsão do ritmo de cortes nos próximos meses migrou, na maioria dos casos, para a faixa do 0,25 ponto pOrcentual. Um número crescente de analistas acredita que no próximo encontro do Copom, nos dias 4 e 5 de setembro, uma pausa no relaxamento monetário será inevitável. O debate está crescendo. Levantamento da Agência Estado com 16 instituições financeiras mostra que os analistas esperam uma redução de 0,25 ponto porcentual da taxa básica de juros em setembro, de 11,50% para 11,25% ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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