18 de maio de 2013 | 02h04
Os números absolutos são, de fato, significativos: 1) aumento de 143,8% no contingente de pessoas com mais de 10 anos de idade que usaram a internet pelo menos uma vez nos três meses que antecederam à pesquisa; 2) o acesso à internet nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste mais que duplicou, e no Norte e no Nordeste quase triplicou; 3) quase sextuplicou o acesso nos domicílios com renda mensal per capita inferior a quatro salários mínimos; e 4) no grupo dos jovens com 15 a 17 anos, 74,1% já estão conectados.
A internet é, de fato, essencial para a educação e a economia modernas, mas sem o conhecimento de línguas (não só do inglês, antes disso, do português) pode ser nulo o benefício do acesso a sites voltados para a profissionalização e a qualificação técnica indispensável ao exercício das atividades.
Um dos problemas enfrentados pela indústria é a falta de mão de obra qualificada para operar sistemas e maquinaria de ponta, que têm manuais em inglês. A deficiência em inglês é tal que muitos beneficiários do programa Ciência sem Fronteiras não puderam aproveitar as bolsas que receberam para estudar nos melhores centros internacionais.
Não basta, também, o acesso de alunos - e de escolas - à internet, se os professores não estão habilitados para orientar e acompanhar os alunos em laboratórios de informática, um dos programas oficiais. Isso ocorreu, nos últimos anos, em áreas tão distantes como Ceará, Minas Gerais, Paraíba ou Brasília. Ou em Tomar do Geru, em Sergipe, onde dez computadores estão há seis anos sem uso, entre outros milhares em escolas de todo o País.
Além do mais, a conexão tem de ser rápida, mas no Brasil a banda larga é cara e não entrega a velocidade contratada. Depende da fiscalização da agência reguladora Anatel, assim, assegurar que os serviços de internet sejam melhores para todos.
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