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Acho que inflação já parou de subir, diz Coutinho

Presidente do BNDES ressalta que preços das commodities, como metais e petróleo, já estão desacelerando

Por Adriana Chiarini e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, considera possível que a inflação já tenha parado de subir. "Há indicações de inflexão da curva de inflação", afirmou Coutinho, em entrevista ao chegar ao Banco Central no Rio, onde se realiza o seminário Grau de Investimento, um novo ciclo para o Brasil, promovido pela Associação e Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro. "Aparentemente, estamos ultrapassando o pico das tensões inflacionárias", afirmou. Veja também: Entenda os principais índices de inflação  Entenda a crise dos alimentos  De olho na inflação, preço por preço Coutinho lembrou que os preços das commodities, inclusive do petróleo e dos metais, estão recuando. De acordo com ele, aparentemente, existe uma redução das pressões inflacionárias globais. "A inflação vai voltar para as metas. Tem que olhar de forma mais paciente", disse Coutinho, defendendo a manutenção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 6,25%. Para ele, a TJLP e o BNDES ainda são muito importantes no financiamento de longo prazo ao investimento, que aumenta a capacidade produtiva do País e "a manutenção da estabilidade no longo prazo". Segundo o presidente do BNDES, os números da instituição estão firmes e não mostram nenhuma desaceleração significativa da demanda dos empresários por recursos para investir. Coutinho disse que o tipo de ajuste ideal entre oferta e demanda no Brasil neste momento "é o que modere um pouco o crescimento do consumo e dos gastos do governo, o que o Tesouro já vem fazendo, e não afete a expansão dos investimentos". Para Coutinho, é desejável uma ligeira desaceleração da economia em relação ao consumo e aos gastos do governo. Ele comentou também que há um crescimento dos bens de capital. O presidente do BNDES minimizou o fato de as expectativas de inflação do mercado estarem acima do teto da meta para este ano, que é de 6,5%. "Acho que não é tão relevante. Relevante é a tendência."

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