PUBLICIDADE

Publicidade

Acionistas da Eletrobrás não terão perdas com reajustes

Por Agencia Estado
Atualização:

Os acionistas da Eletrobrás não terão perdas com a mudança na política de reajustes de energia elétrica efetuada nesta semana, garantiu hoje o presidente da empresa, Altino Ventura Filho. Segundo ele, haverá um encontro de contas entre a Eletrobrás e a binacional Itaipu e, no fim do ano, o balanço da Eletrobrás estará igual ao que estaria sem as mudanças. "Não haverá perda nenhuma, pois a redução da tarifa de Itaipu foi diluída ao longo de 15 meses", afirmou o presidente. A operação feita pelo governo consistiu em antecipar, de 1º de janeiro de 2003 para 23 de outubro de 2002, a redução da tarifa de energia de Itaipu, que caiu de US$ 18,83 o quilowatt (kW) para US$ 15,93 o kW. Mas a antecipação foi feita apenas no Brasil e com isso a Eletrobrás continuará pagando à Itaipu o preço antigo até dezembro e cobrando o preço novo das distribuidoras. Com isso, a Eletrobrás perderá US$ 27 milhões mensais, ou US$ 60 milhões até o fim do ano. Esse valor será reposto ao longo de 2003. Segundo Ventura Filho, a Eletrobrás não terá que desembolsar recursos ou arcar com custos financeiros enquanto não for coberta a diferença. Como Itaipu ressarce mensalmente a Eletrobrás pelos investimentos na construção da usina, ela poderá reduzir os pagamentos desta dívida, proporcionalmente à perda da receita da Eletrobrás, permanecendo os desembolsos mútuos nos mesmos níveis anteriores. "Os recebíveis mensais de Itaipu são superiores aos US$ 27 milhões e temos recebíveis até 2003", comentou o presidente da binacional. Ele disse ainda que os consumidores que terão reajustes de tarifas no início de 2003 não serão onerados por arcar com uma tarifa um pouco mais elevada, caso a redução da tarifa de Itaipu for diluída em apenas 12 meses, ao invés de 15 meses. Ele lembrou que os reajustes levam em conta o custo da energia nos doze meses anteriores e nessa conta estará incluída a redução ocorrida entre outubro e dezembro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.