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Acionistas minoritários se organizam para conseguir mais uma cadeira no conselho da Petrobrás

Grupo tem hoje três representantes e tenta união para buscar mais um assento no colegiado da estatal; governo federal indicou seis nomes nesta segunda

Foto do author Fernanda Guimarães
Por Fernanda Guimarães
Atualização:

Depois de o governo fazer a sua indicação para o Conselho de Administração da Petrobrás, apresentando uma lista com seis nomes, acionistas minoritários da petroleira estão se organizando para conseguir uma cadeira a mais no colegiado - hoje o grupo tem três representantes, apurou o Estadão. A ideia seria aproveitar o momento de troca do grupo, ocasionada pela renúncia de quatro conselheiros indicados pelo governo, para tentar ganhar força dentro do grupo, algo que consideram relevante após a interferência do governo federal no comando da estatal.

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O governo, por meio dos ministérios de Minas e Energia e de Economia, precisou correr para formar o grupo com seus indicados, visto que era preciso tornar os nomes públicos com um prazo de ao menos 30 dias antes da assembleia-geral dos acionistas que deliberará sobre o tema, que está marcada para o dia 16 de abril.

A formação da lista é passo precedente para que o general Joaquim Silva e Luna, o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir o atual presidente, Roberto Castello Branco, possa ser eleito conselheiro. Apenas depois de vencida essa etapa é que Luna poderá ser conduzido ao principal cargo executivo da estatal. Castello Branco, cujo mandato vence no próximo dia 20, deve se manter na presidência da Petrobrás até a assembleia, visto que seu mandato deverá se estender automaticamente.

Assembleia-geral deacionistas da Petrobrás, marcada para 16 de abril, vai decidir sobre o novo conselho da estatal. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Dentre os minoritários, uma das correntes quer selecionar dentro do próprio conselho fiscal da Petrobrás um dos nomes que representam minoritários - Marcelo Gasparino ou Daniel Alves Ferreira. "A ideia seria escolher alguém já com conhecimento na companhia para pegar o bonde andando", disse uma fonte, que falou na condição de anonimato. Outra vertente está sendo conduzida pelo conselheiro Marcelo Mesquita, que é sócio da gestora Leblon Equities. Ele estaria buscando alguém de mercado.

Na lista do governo estão Eduardo Bacellar e Ruy Flaks, os únicos da composição atual do conselho. Entre os nomes que substituirão os conselheiros que decidiram pela renúncia do cargo estão Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquin de Souza e Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, essa indicada pelo Ministério da Economia. Joaquim Luna e Silva completa a lista de candidatos ao conselho, divulgada nesta segunda-feira, 8.

Segundo a Petrobrás, o governo pode fazer mais duas indicações. A indicação de Sonia, que foi membro do Conselho de Administração da Petrobrás de maio de 2018 até julho de 2020 e hoje é conselheira da Telefônica do Brasil e da LATAM Airlines Group S.A, já está sendo bem recebida pelo mercado.

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