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Ações caem na Ásia com preocupações sobre demanda nos EUA

Por RAFAEL NAM
Atualização:

Os principais mercados asiáticos terminaram a sessão desta quinta-feira em baixa --após terem se valorizado por dois dias-- diante do aumento das preocupações quanto a demanda dos consumidores nos Estados Unidos. Previsões de lucro sombrias por parte de companhias norte-americanas como a Kraft apontava um cenário ruim para os países dependentes de exportações, apesar de ações asiáticas terem tido um breve momento de ganhos no início da sessão, diante das expectativas de uma recuperação da economia chinesa. "Uma debilidade contínua nos resultados corporativos e dados econômicos, principalmente nos Estados Unidos, estão pesando sobre a confiança", disse Kim Joong-hyun, analista de mercado do Goodmorning Shinhan Securities em Seul. O índice MSCI das principais ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 0,3 por cento por volta das 7h40 (horário de Brasília), após ter se valorizado 2,4 por cento nas duas sessões anteriores. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, recuou 1,1 por cento, após uma sessão volátil. Fortes gastos de consumo nos Estados Unidos foram o motor da economia global nos últimos anos, mas agora se tornaram um dos elementos que têm contribuído para jogar as principais economias do planeta na recessão. Ainda assim, alguns investidores estão levantando expectativas de que um aumento nos investimentos governamentais na China, e em outros lugares, poderá prevenir uma piora do declínio. As ações na Coréia do Sul e na Índia perderam mais de 1 por cento cada. Em Xangai, o principal indicador recuou 0,5 por cento, enquanto a queda em Taiwan foi de 0,6 por cento e em Cingapura a desvalorização foi de 0,2 por cento. A bolsa de Sydney também teve leve perda, de 0,3 por cento. Na contramão, o índice Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,9 por cento. Ações de transporte marítimo, tais como da sul-coreana Hyundai Merchant Marine, estavam entre as principais valorizações do dia, liderando ganhos após o Baltic Dry Index --índice que mede as mudanças nos custos de transporte de commodities-- ter saltado quase 15 por cento na quarta-feira. Os ganhos desse índice refletem em parte sinais de uma recuperação na demanda por matérias-primas na China, disseram analistas.

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