A Gol anunciou na terça, 4, que assinou acordo de cooperação com a norte-americana American Airlines, que oferecerá mais voos diários entre a América do Sul e os Estados Unidos do que qualquer outra parceria aérea, de acordo com comunicado da companhia brasileira.
“Quando aprovado pelas autoridades no Brasil e nos EUA, o novo codeshare (compartilhamento de voos) da Gol permitirá que seus clientes se conectem convenientemente a mais de 30 destinos nos Estados Unidos”, afirmou a Gol.
A parceria com a American vem depois de a Delta – que era sócia da Gol – ter realizado uma grande parceria com a chilena Latam, da qual passou a deter 20%, depois de um acordo de US$ 1,9 bilhão. Além de desfazer o acordo de conexão com a empresa da família Constantino, a Delta também saiu do capital da companhia.
Depois do anúncio da concretização das negociações com a American, as ações da Gol chegaram a subir mais de 4%. Os papéis preferenciais da companhia fecharam o dia com valorização de 2,36%, cotados a R$ 35,16. Já o programa Smiles teve alta de 1,24%, para 39,10.
Luis Sales, analista da Guide Investimentos, apontou que a parceria elevará a quantidade e a qualidade dos voos da aérea, que passará a ter uma oferta mais atraente para a América do Sul e os Estados Unidos.
Origens
A partir da concretização do acordo com a American, os voos compartilhados vão operar a partir dos hubs da Gol em São Paulo (Guarulhos), Rio de Janeiro (Galeão), Brasília e Fortaleza. Essas novas rotas serão adicionadas aos voos regulares que a Gol já oferece para Miami e Orlando, na Flórida.
“Isso fortalecerá a presença da Gol nos mercados internacionais e acelerará nosso crescimento no longo prazo”, afirmou o presidente executivo da Gol, Paulo Kakinoff, em nota.
Com a parceria, os clientes terão mais facilidade para comprar trechos conectados de ambas as companhias aéreas em uma única reserva, com check-in, embarque e despacho de bagagem integrados.
O acordo contemplará o programa de milhagem. Em relação ao Smiles, a Gol e sua empresa de benefícios convocaram assembleias-gerais para 5 de março para deliberar sobre a reorganização societária proposta em dezembro. / Com informações da Reuters