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Ações da Petrobrás fecham em queda depois de intenso vaivém

Papéis oscilaram ao longo dia em função das especulações sobre a nova diretoria da estatal e as denúncias de corrupção, mas acabaram o dia no vermelho: ON recuou 2,42% e a PN, 2,20%

Por Clarissa Mangueira
Atualização:

Atualizado às 17h45

Sede da Petrobrás, no centro do Rio Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

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Ações da Petrobrás fecharam em queda nesta quinta-feira, 5, depois de intenso de vaivém ao longo dia em função das especulações sobre a definição da nova diretoria da estatal e as notícias envolvendo as denúncias de corrupção na companhia.No fim dos negócios, as ações ON e PN da estatal recuaram 2,42% e 2,20%, respectivamente. Até ontem, a estatal acumulava alta 23,13% de suas ações ordinárias (ON) e 22,49% das preferenciais (PN) só no mês de fevereiroA Bovespa seguiu o rumo dos papéis da estatal e caiu 0,14%, para 49.233,85 pontos.

Nesta manhã, os Conselheiros da Petrobrás representantes da União, acionista majoritária da estatal, se reuniram para discutir a substituição da atual diretoria. Nesta sexta-feira acontece encontro do Conselho de Administração para discutir o assunto e a previsão é de que não seja concluído num único dia. 

À tarde, as ações da Petrobrás se firmaram em queda depois que fontes afirmarem que Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES, pode ser "solução emergencial" para a estatal. Mais tarde, o Broadcast apurou que o presidente da resseguradora IRB Brasil Re, Leonardo Paixão, também é considerado como uma opção para substituir Graça Foster na presidência da Petrobrás. Ele foi procurado há algumas semanas e pode assumir o comando da estatal caso o governo não consiga emplacar um nome de maior peso. Também estão sendo cotados para o cargo o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ex-presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim. Nos bastidores, também falam no diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, e o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli.

Ainda dentro do noticiário envolvendo a petroleira, o ex-gerente de Engenharia da empresa Pedro Barusco afirmou, em sua delação premiada, que foi o executivo Rogério Santos do Araújo, da Construtora Norberto Odebrecht, quem apresentou a lista de quem seriam as empresas convidadas para as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que foi superfaturada e custou mais de R$ 27 bilhões. A obra iniciada em 2007 é um dos alvos centrais da Operação Lava Jato, que desbaratou um mega esquema de propina e caixa 2 na estatal petrolífera. A Odebrecht negou as acusações. Ele disse também que cobrou propina sobre contratos da Diretoria de Gás e Energia, na época em que a unidade era dirigida por Graça Foster.

Além disso, a Polícia Federal cumpriu hoje mandado de prisão preventiva contra o sócio da Arxo, Gilson João Pereira, e o diretor financeiro da empresa, Sérgio Ambrósio Maçanerro. Os dois estavam em Itajaí (SC) e são acusados de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás, que vem sendo investigado na Lava Jato.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje acreditar que a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás só será feita após o carnaval. 'Acho mais viável a instalação da CPI depois do carnaval', disse.

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No setor de energia: Eletrobras PNB (-2,36%), CPFL Energia ON (-0,68%), CESP PNB (-0,83%), Cemig (-1,82%) e Energias do Brasil (-3,42%). O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Tiago de Barros Correia afirmou que o novo sistema das bandeiras tarifárias vai permitir um "sinal de preço" mais aderente à realidade das condições de oferta de energia no País. Ele confirmou que o valor da bandeira vermelha, a ser sugerido na audiência pública, será de R$ 5,50 para cada 100 kWh consumidos e da bandeira amarela, de R$ 2,50 para cada 100 kWh consumidos. A informação foi antecipada, hoje mais cedo, pelo Broadcast. 

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