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Ações da Petrobrás sobem 4%

Efeito da alta do petróleo é maior do que rebaixamento da S&P

Por Jacqueline Farid
Atualização:

O anúncio de rebaixamento da Petrobrás na avaliação da agência de classificação de risco Standard & Poor?s (S&P) não evitou que a empresa registrasse, ontem, valorização das ações negociadas na Bolsa de Nova York, acompanhando o que já havia ocorrido anteontem na Bovespa, sob efeito da alta do preço do petróleo. As ações da companhia fecharam ontem com alta de 4% na Bolsa de Nova York e em nenhum momento mostraram efeitos do rebaixamento. Anteontem, o rating da petrolífera havia sido rebaixado de BBB para BBB-, com "perspectiva estável", por causa da conjunção entre o elevado montante de investimentos (R$ 174,4 bilhões) para os próximos cinco anos e as estimativas de longo prazo para os preços internacionais do petróleo. A redução dos preços da gasolina e do diesel no mercado interno, anunciadas esta semana pela empresa, também foi levada em conta pela S&P. Porém, ontem as ações de empresas ligadas ao petróleo subiram nas bolsas da Ásia e dos Estados Unidos com a continuidade da alta do preço do petróleo. Em relatório, a consultoria Barclays Capital conclui: "Nossa previsão de um preço médio de US$ 85 por barril em 2010 parece bem alinhada e acreditamos que o risco de aumento no preço existe nos próximos trimestres". Ontem, os contratos para entrega em julho fecharam em US$ 72,23 nos Estados Unidos, em alta de US$ 1,35. A notícia do rebaixamento no grau de investimento foi recebida com naturalidade pela Petrobrás, que divulgou nota sobre o assunto. A empresa reconhece que o programa de investimentos previsto no Plano de Negócios 2009-2013 é "robusto", mas "reafirma o compromisso, já explicitado, de manter sua estrutura de capital em níveis compatíveis com sólido grau de investimento". Apesar do rebaixamento no nível de risco (rating) da dívida em moeda estrangeira da Petrobrás e de sua subsidiária integral PfiCo (Petrobrás International Finance Co), o grau de investimento da empresa (série em que são mantidas as companhias com risco mais perto de zero para os investidores) foi mantido pela Standard & Poor?s.

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