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Ações da Vale devem começar a ser vendidas nesta semana

Por Agencia Estado
Atualização:

A oferta das ações da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) que serão vendidas pelo Tesouro Nacional em agências bancárias de todo o País deve começar ainda nesta semana. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que ?detalhes operacionais? entre os bancos participantes impediram o início das vendas. A instituição trabalhava, informalmente, com a data desta segunda-feira para o início do processo. Até o final da noite desta segunda-feira, o BNDES ainda não havia determinado a data, por não saber quando tudo estará resolvido. Campanha Um desses detalhes foi solucionado ontem no início da noite desta segunda, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a campanha publicitária para a oferta das ações. A oferta terá duração de 30 dias, e o preço por ação será divulgado só quatro ou cinco dias depois do fim do prazo para compras. Isso porque o preço, inclusive na venda pulverizada, será formado por uma média ponderada das ofertas de compra feitas pelos investidores institucionais. O prazo de venda no varejo e institucional será simultâneo. Tradicionalmente, porém, os investidores institucionais deixam para fazer suas ofertas nos últimos dias permitidos. Procura Já foram realizadas apresentações sobre a venda de ações da Vale nos Estados Unidos para grande investidores estrangeiros. Nesta segunda-feira, houve procura nas agências bancárias, de pessoas querendo empregar parte dos recursos em Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na compra de ações da Vale. De acordo com o BNDES, porém, os bancos ainda não têm como fazer o negócio formalmente, existindo a possibilidade apenas de uma ?pré-reserva?, informal. O Superintendente de Registro da CVM, Carlos Alberto Rebello, afirmou que não há nenhum atraso ou impedimento formal para o início da oferta. Disse que o órgão tem até o dia 28 para exigir mais documentos ou aprovar a operação nos termos finais. Adesão Assim que for definido o prazo para o início da venda, o trabalhador interessado na compra de ações da Vale deve ir ao banco e fazer a sua adesão, disse o diretor de benefícios da Caixa Econômica Federal, José Renato Corrêa de Lima. A Caixa, por exemplo, terá fundos mútuos específicos para isso e, a exemplo do que ocorreu no passado com a compra de ações da Petrobrás, a opção será bastante simplificada. De acordo com Corrêa Lima, a Caixa não exigirá nem mesmo o extrato da conta de FGTS do trabalhador, pois a instituição, detentora dos saldos das contas, dispõe dessa informação. Para o cliente da Caixa, bastará ir a uma de suas agências e assinar o termo de adesão. Valor máximo É intenção da Caixa não estabelecer valor mínimo para a aplicação. O máximo já está fixado em 50% do saldo disponível do trabalhador. O diretor da Caixa explicou que a garantia de rendimento dado pelo governo, equivalente à correção pela taxa Referencial de Juros (TR) mais 3% ao ano, só permanece para o dinheiro que ficar aplicado na Caixa. Para a parcela desviada para a compra de ações, o trabalhador só ganhará se as ações se valorizarem no mercado. Quem fizer a opção terá de permanecer, no mínimo, 12 meses com o dinheiro aplicado nas ações. O saque dos recursos do FGTS, inclusive da parcela aplicada em ações, só acontece se o trabalhador preencher os requisitos da lei 8.036, como a demissão sem justa causa.

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