Publicidade

Ações da Vale são boa opção para o longo prazo

Segundo analistas, a compra de ações da Vale do Rio Doce com os recursos do FGTS é uma boa forma de diversificação do investimento frente à variação da TR mais 3% ao ano paga no fundo. No entanto, a opção deve ser analisada com cautela.

Por Agencia Estado
Atualização:

A possibilidade de usar os recursos do FGTS para a compra de ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Companhia Vale do Rio Doce é bem vista pela maior parte dos analistas. Como a rentabilidade do FGTS, de TR mais 3% ao ano, é muito baixa, a operação é considerada uma alternativa de diversificação do investimento, embora deva ser analisada com muito cuidado. Afinal, bolsa é sempre uma aplicação de risco. Além disso, a opção não é indicada para quem está para se aposentar, teme ser demitido ou pretende usar os recursos do FGTS para comprar um imóvel no curto prazo. O diretor de Renda Variável da BankBoston Asset Management, Júlio Ziegelmann, considerou baixo o desconto de 5% para quem permanecer nos fundos de privatização do Vale por mais de seis meses, mas mesmo assim entende que a operação é interessante para quem não vai dispor dos recursos no curto prazo. Ele estima que o preço justo das ações da Vale é de R$ 71,00, o que significa um potencial de valorização de 29,6% em relação ao fechamento de ontem, de R$ 54,80. O presidente da West AM do Brasil - Asset Management, André Reis, é um pouco menos otimista quanto à perspectiva de valorização dos papéis da Vale, acreditando que as ações tendem a oscilar entre R$ 40,00 e R$ 60,00 neste ano. Por isso, diz que a operação só vale a pena se o investidor deixar os recursos no fundo por mais tempo. No longo prazo, Reis entende que as perspectivas para a Vale são positivas, e tendem a bater a rentabilidade do FGTS. O diretor de Asset Management do Banco Inter American Express, Marcelo Allain, considera a opção interessante. Ele acha que o desconto de 5% é razoável, e acredita que a bolsa e as ações da Vale têm boas perspectivas de retorno. Ele ressalta, no entanto, que é preciso ter um horizonte de longo prazo para fazer a opção. Quem aplicou nos fundos de privatização da Petrobrás obteve um ganho médio de 42,3% entre o início da operação, em agosto de 2000, e 10 de janeiro deste ano (quando houve a mais recente correção do saldo do FGTS). A rentabilidade do Fundo de Garantia nesse período foi de 7,78%. Desde agosto, esses participantes podem transferir os recursos para um fundo carteira livre, mantê-los nos fundos de Petrobrás ou devolvê-los para o Fundo de Garantia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.