PUBLICIDADE

Ações de segunda linha são opção

Investidores interessados em aplicar parte do capital no mercado acionário podem optar por ações de segunda linha. Entretanto, devem procurar profissionais que oferecem análises das empresas e indicar o melhor momento para aquisição.

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma opção para os investidores interessados em aplicar parte do capital no mercado acionário são as ações de segunda linha - papéis menos negociados do que as blue chips, mas com perspectivas favoráveis de valorização em períodos mais longos e com menores probabilidades de oscilações. De acordo com a gerente da RCW Asset, Cristina Müller, esse investimento é mais indicado para momentos de instabilidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), quando também se percebe uma baixa no preço de várias ações. Ela indica as ações preferenciais (PNB, sem direito a voto) da Aracruz - empresa do setor de papel e celulose. Cristina projeta em R$ 6,00 o preço justo para a ação. Na sexta-feira, a ação fechou o pregão com preço de R$ 2,74. As ações PNB da Unipar - companhia do setor petroquímico -, e as PN da Gerdau - do setor de siderurgia - são outras indicações de investimento da gerente da RCW Asset. "As duas empresas têm boas perspectivas de crescimento e, com isso, os resultados serão favoráveis a seus acionistas." Diversificação Mesmo comprando apenas ações de segunda linha, é possível diversificar o investimento. O gerente da BES Securities, José Eduardo Maia, tem outras indicações. Para ele, as ações Itaúsa PN, Tele Centro-Oeste PN e as ordinárias (ON, sem direito a voto) da Sabesp são boas opções. "São empresas com grande potencial de desenvolvimento que, atualmente, estão com grande defasagem no preço." O analista de Investimentos da Coinvalores Corretora, Marco Aurélio Barbosa, também aposta nas ações da Sabesp. Para ele, a empresa está superando a crise que vinha enfrentando com a desvalorização cambial - estava pendurada em empréstimos contraídos em dólar. "Hoje, estudos mostram que a companhia tem chances de apresentar uma lucratividade significativa e deve pagar bons dividendos a seus acionistas." Orientação Tão importante quanto o ativo escolhido é o momento da entrada do investidor no mercado, lembra Cristina. Muitas vezes, por falta de orientação, o pequeno investidor acaba entrando na Bolsa na hora errada, ou seja, quando o preço da ação está alto, e saindo no pior momento, quando o preço do papel já caiu. Isso acaba acarretando prejuízo para o investidor. Portanto, quem não tem experiência e pretende comprar ações individualmente, em vez de embarcar em cotas de fundos de investimento, deve procurar o auxílio de profissionais capacitados que possam oferecer análises das empresas e indicar qual o melhor momento para a aquisição de ações. Vale lembrar que o investimento em ações não tem nenhuma garantia de rentabilidade em qualquer período estimada. Por isso, quem investe nesse segmento, deve ter tolerância ao risco e estar preparado para correr riscose até perder dinheiro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.