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Ações do Banespa sobem 49% em uma semana

Papéis do Banespa lideram negócios no mercado de ações da semana passada, com alta de 49,3%. Valorização deve-se a dividendos e Imposto de Renda.

Por Agencia Estado
Atualização:

As altas do mercado de ações na semana passada foram lideradas por um papel de pouquíssima liquidez: Banespa PN. As ações do banco deram um salto de 49,3%, após sete transações. Os papéis possuem poucos negócios na Bolsa desde que o controlador Santander promoveu oferta pública pelas ações do Banespa, após a privatização, em novembro de 2000. No último dia 11, o Banespa anunciou a distribuição de dividendos intermediários, no montante de R$ 1,178 bilhão, calculados com base no balanço do primeiro semestre de 2002. O valor líquido corresponde a R$ 28,974567 por lote de mil ações ordinárias e R$ 31,872023 por lote de mil preferenciais, com pagamento partir de 21 de outubro. Além disso, o jornal espanhol La Gaceta de Los Negocios informou no dia 18 que o Banespa pode ter ganho de R$ 490 milhões após pagar as multas devidas sobre o Imposto de Renda dos fundos de pensão dos seus funcionários antes de 22 de maio de 1975. O banco provisionou mais do que o efetivo débito e poderá reverter para o excesso para o resultado. Oxiteno PN disparou na Bovespa depois que o Grupo Ultra anunciou uma reestruturação societária de suas controladas Ultrapar, Oxiteno e Gipóia. A operação contará com a incorporação da sociedade por quotas Gipóia pela Ultrapar. As ações da Oxiteno também serão incorporadas pela Ultrapar, para que a primeira seja subsidiária integral da segunda. As ações preferenciais da Oxiteno subiram 41,2% na semana, após 36 negócios. A volátil Net PN foi outro destaque da Bolsa, avançando 16,7%, com 1.319 negócios. Mas vale lembrar que o valor da ação está tão baixo que toda essa alta significou um ganho de apenas alguns centavos. As ações preferenciais da Telesp Celular avançaram 8,8%, com 3.847 negócios, depois que a controladora Portugal Telecom formalizou a joint venture com a Telefónica para atuação na telefonia celular brasileira. A notícia estimulou a compra dos papéis da operadora nacional, apesar de os analistas ainda terem dúvidas sobre a operação. Papéis de pouca liquidez lideram quedas As maiores quedas do mercado na semana passada ficaram com papéis de pouca liquidez. No topo da lista, Bic Caloi PNB recuou 42,9%, após apenas cinco negócios. Em seguida, Tele Leste Celular ON caiu 20,2% e Rhodia-Ster ON, 12,5%. As empresas do Grupo Ipiranga também apareceram entre as maiores desvalorizações. A volátil Ipiranga Petróleo PN caiu 12,2%, com 41 negócios. Já os papéis preferenciais da Ipiranga Refinaria recuaram 11%, depois de 21 transações. A Varig voltou a recuar na Bolsa, depois de alguns pregões de alta com as declarações do novo presidente da companhia, Arnim Lore, sobre a possibilidade de a empresa mudar de controle. Na semana passada, a Varig enfrentou ameaça de greve dos funcionários, que acabou não acontecendo. Ontem, a companhia de aviação informou à Bovespa que a redução de custos com a integração da empresa com a Rio-Sul e a Nordeste, anunciada em agosto, será de US$ 62 milhões anualizados. A integração permite o compartilhamento de estruturas e equipamentos das linhas domésticas. A redução de custos refere-se ao combustível, taxas aeroportuárias, arrendamentos de aeronaves e estruturas de operações de vôo. Outras quedas significativas da semana passada foram de Itautec ON (-10,2%), Tele Nordeste Celular ON (-10%), Telern Celular BN (-10%), Adubos Trevo PN (-9,5%) e Sultepa PN (-9,4%).

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