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Ações lideram ranking de aplicações em fevereiro

Por Agencia Estado
Atualização:

Embora tenha recuado 2,20% no pregão desta segunda-feira, o último do mês, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi disparadamente o investimento mais rentável de fevereiro. A valorização de 16,80% do Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador de 53 ações da Bovespa, compensou com folga a perda de 7,04% acumulada em janeiro. A vigorosa alta foi sustentada pela firme expansão do volume financeiro, com forte participação do capital estrangeiro no pregão. Pelos dados da Economática Empresa de Informação Financeira, o volume médio diário movimentado pela Bolsa paulista subiu de R$ 1,099 bilhão em janeiro para R$ 1,740 bilhão em fevereiro (até sexta-feira), uma expansão de 58,3%. Ainda segundo a Economática, esse é o melhor giro diário mensal da história, superior ao volume anterior de R$ 1,627 bilhão em julho de 1997, ajustado pelo IPCA. O volume movimentado em fevereiro foi engordado pela forte atuação do capital estrangeiro. Dados da Bolsa paulista apontam um saldo positivo (entradas menos saídas de capital externo do pregão) de R$ 2,172 bilhões em fevereiro, até dia 20. O segundo lugar da corrida dos investimentos foi ocupado pelo ouro, com valorização de 2,53%. As demais posições foram preenchidas pelas aplicações de renda fixa, como CDB, para grandes volumes, na terceira posição, com rendimento médio bruto de 1,42%, seguido pelos fundos DI, com 1,28%, e fundos de renda fixa, 1,28; CDB para volumes mais baixos, 1,11%; caderneta de poupança, com 0,60%. Todos renderam mais que a inflação de 0,30% pelo IGP-M em fevereiro. Dólar - O dólar comercial não escapou, mais uma vez, das últimas posições. Com baixa de 0,80%, ficou no penúltimo posto do ranking de fevereiro, à frente apenas do dólar paralelo, que perdeu 3,94%. Os dólares que ingressaram no País para a compra de ações deram suporte à disparada da Bolsa e foram, em grande medida, responsáveis pela queda das cotações da moeda americana. Antes de seguir para o pregão da bolsa, o capital estrangeiro que entra no País passa pelo mercado de dólar, onde é convertido em reais. A ampliação da oferta, reforçada também pelos resultados positivos da balança comercial e chegada de divisas trazidas pelas captações de bancos e empresas, vem deprimindo sistematicamente as cotações do dólar.

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