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Ações na Ásia avançam por petróleo; Xangai cai com inflação

Por NAOMI TAJITSU E IAN CHUA
Atualização:

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira depois que o petróleo nos Estados Unidos chegou perto de bater novo recorde. Apesar disso, preocupações crescentes sobre a economia norte-americana mantiveram uma luz de atenção acesa sobre os mercados e o dólar chegou perto do menor patamar em 15 anos. O índice MSCI que mede os mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,59 por cento às 7h18 (horário de Brasília), recuperando parte da perda de 1,2 por cento de segunda-feira, apoiado por ações de petrolíferas. "No momento, o mercado está se agarrando à visão de que nós não veremos um amplo contágio dos problemas do mercado de crédito e que o Federal Reserve vai cortar juros", disse Simon Doyle, diretor de estratégia da Schroder Investment Management, na Austrália. "Mas há uma probabilidade razoável de que as coisas podem ficar piores e isso pode puxar os mercados para baixo", acrescentou. A bolsa de Tóquio subiu 0,71 por cento, para 15.877 pontos, recuperando-se da queda de 2,2 por cento sofrida na véspera. O mercado acionário de Sydney avançou 0,72 por cento, a 6.235 pontos, enquanto Hong Kong recuou 0,2 por cento. A bolsa de Taiwan subiu 0,73 por cento. Cingapura subiu 1,53 por cento, a 3.494 pontos e o mercado de Seul registrou valorização de 0,63 por cento, para 1.847 pontos. Xangai registrou tombo de 4,51 por cento, a 5.113 pontos, depois que dados mostraram que a inflação anual ao consumidor foi de 6,5 por cento em agosto, a maior em 10 anos. Isso gerou preocupações sobre a necessidade de aperto monetário, talvez logo no próximo mês, afirmaram analistas. "Haverá outro aumento de juro este ano e vai acontecer depois do feriado do Dia Nacional", disse Li Mingliang, analista da Haitong Securities em Xangai. O feriado do Dia Nacional acontece na primeira semana de outubro. Outros dados mostraram que o superávit comercial da China subiu para 25 bilhões de dólares em agosto, menos do que o esperado, mais ainda assim o segundo mais alto da história. Em julho a China teve superávit comercial de 24,4 bilhões de dólares em julho. No Japão, dados liberados pouco antes da abertura dos mercados mostraram que as encomendas de máquinas pelo setor privado, importante indicador de investimento das empresas, subiu 17 por cento em julho em relação a junho, superando previsão de economistas de aumento de 5,3 por cento. Os números mostraram que os investimentos continuam sólidos, mas sozinhos eles não são suficientes para acabar com a incerteza sobre a economia, disse Masuhisa Kobayashi, estrategista-chefe do Barclays Capital.

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