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Ações voltam a liderar ranking dos investimentos

Por Rosangela Dolis
Atualização:

Depois de dois meses fora da liderança no ranking das aplicações financeiras, a Bolsa de Valores de São Paulo volta a ocupar a posição neste mês. Até ontem, o índice Bovespa registrava alta de 11,74% em setembro, bem acima do segundo colocado, o ouro, com alta de 2,59%. O dólar, primeiro colocado no ranking de agosto, com alta de 4,3%, despencava ontem no mês para a última posição, com queda de 6,11%. A dissipação dos efeitos da crise hipotecária americana e o corte de juro americano, aliados a condições favoráveis da economia brasileira, trouxeram de volta o capital estrangeiro para a Bolsa. Isso aumentou a oferta da moeda americana no mercado local, provocando sua desvalorização frente ao real. A inflação mais elevada (1,29% em setembro, pelo IGP-M) está comprometendo o rendimento das aplicações de renda fixa este mês. Todas ofereceram rendimento líquido (após o desconto do Imposto de Renda) abaixo da variação dos preços. Os fundos de renda fixa, nesse segmento, oferecem a melhor rentabilidade líquida, de 0,78%. Na seqüência vêm CDBs de valor acima de R$ 100 mil, com 0,68%; fundos DI (média), 0,61%; CDBs de valor de até R$ 5 mil, 0,55%; caderneta de poupança, 0,54%; fundos DI (pequenas quantias), 0,50%. ''''Todo nervosismo de agosto se reverteu como num passe de mágica'''', explica o administrador de investimento Fábio Colombo. Para ele, o otimismo na Bolsa está ''''exagerado'''', porque o alcance da crise hipotecária americana ainda não pode ser medido. ''''Somente com a divulgação dos balanços das empresas no fim de outubro nos EUA é que se saberá o impacto dela'''', justifica. Além disso, ele diz, há sinais de desaceleração da economia americana. Colombo recomenda cautela na compra de ações. ''''Não mais de 5% a 10% do dinheiro disponível para aplicar neste momento.''''

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