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Acordo com FMI altera fórmula para abater reservas

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Central (BC) terá que abater das reservas internacionais líquidas o valor da recompra de papéis da dívida externa que exceder o estoque de títulos e depósitos em bancos brasileiros sediados no exterior existente na composição das reservas em 14 de setembro de 2001. Esse estoque era de US$ 1,023 bilhão naquela data. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, informou que essa cláusula foi incluída na última revisão do acordo com o Fundo Monetário Internacional, na qual foi reduzido de US$ 20 bilhões para US$ 15 bilhões o piso das reservas internacionais. Como em maio passado a posição de títulos e depósitos no estoque das reservas era de US$ 738 milhões, o BC tem ainda um espaço de US$ 285 milhões antes que o valor da recompra comece a ser descontado das reservas. Nesse caso, se o Banco Central fizer uma recompra de US$ 3 bilhões, como anunciou, terá que subtrair do montante das reservas líquidas o valor de US$ 2,715 bilhões. As reservas líquidas não incluem o dinheiro dos empréstimos do FMI e constituem o espaço que o BC tem para intervir no mercado à vista de dólar até o piso de US$ 15 bilhões. Sem a redução do valor da recompra, o BC estima uma posição de reservas no final do ano de US$ 27,003 bilhões, o leva a um espaço de intervenção no mercado de US$ 12,003 bilhões. Com a recompra, essa espaço vai cair.

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