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Acordo encerra greve em portos na Argentina

Greve terminará oficialmente com a assinatura de um convênio que prevê um aumento de 27% na tarifa da estiva

Por Reuters
Atualização:

 Estivadores em greve e empresas exportadoras de grãos alcançaram na quarta-feira um acordo para encerrar a paralisação que causou prejuízos milionários nas exportações do país, pressionando a cotação da soja e gerando preocupações quanto ao abastecimento do produto na Ásia.

 

Oficialmente, a greve iniciada há dez dias só deve terminar depois da assinatura de um convênio que encerrará a disputa.

 

A paralisação coincide com um momento de aceleração da colheita da soja na Argentina, um dos principais produtores mundiais. Desde segunda-feira, a greve impedia o embarque diário de 100 mil a 200 mil toneladas de grãos.

 

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O dirigente sindical Julio Piumato confirmou à Reuters na tarde de quarta-feira que um acordo seria assinado "em breves minutos".

 

O convênio prevê um aumento de 27 por cento na tarifa da estiva, segundo fontes do setor de processamento e exportação da soja. Os patrões ofereceram originalmente um aumento de 25 por cento no valor em dólares do trabalho portuário. Só na quarta-feira houve um acordo para superar a diferença.

 

A Cooperativa de Trabalhos Portuários e o Sindicato Unidos dos Portuários Argentinos pleiteavam um aumento de até 100 por cento no valor em dólar pago por serviços e salários.

 

A notícia do fim da greve impulsionou o mercado de grãos na cidade de Rosario, principal centro agrícola do país, onde as operações estavam reduzidas desde segunda-feira, quando os trabalhadores ampliaram seu protesto, bloqueando a maioria dos terminais portuários da zona.

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Em Puerto General San Martín, 28 quilômetros ao norte de Rosario, o cais permanecia deserto, já que muitos dos 5.000 caminhões que se acumulavam na área nos últimos dias foram desviados para outros terminais localizados mais ao sul, e que continuavam operando. (Maximilian Heath, Nicolás Misculin e Maximiliano Rizzi)

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