Publicidade

Acordo prevê dobrar produção de trigo até 2007

Por Agencia Estado
Atualização:

Produtores, indústria e governo fecharam hoje um acordo que prevê dobrar a produção nacional de trigo em cinco anos. O Brasil produz atualmente 3 milhões de toneladas de trigo para um consumo anual de cerca de 10 milhões de toneladas. A idéia é chegar em 2007 com uma produção equivalente a 60% da necessidade interna, ou 6,560 milhões de toneladas para um consumo projetado para aquele ano de 11 milhões de toneladas. Não é a primeira vez que representantes do segmento trigo se reúnem para fechar um acordo a fim de diminuir a dependência externa da matéria-prima. No final do ano passado, representantes do setor produtivo no Paraná, maior Estado produtor, redigiram, em acordo com entidades de nível nacional, entre elas a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) e Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem), além do Ministério da Agricultura, um plano plurianual segundo o qual o Brasil atingiria em 2005 produção equivalente a 50% do consumo interno. Em 2003, primeiro ano de vigência do plano, a estiagem prolongada no início do plantio e geadas fortes no final do ciclo impediram o crescimento esperado de 13% da safra. O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, Richardson de Souza, coordenador do encontro de hoje, em Curitiba, disse que o clima é fator de risco permanente para a produção de trigo no sul do País, mas a possibilidade de estender as áreas de plantio para o Centro-Oeste, onde tem havido incremento nos últimos anos, mostra que o projeto é viável. Hoje, os representantes de toda a cadeia produtiva reafirmaram a intenção de aumentar e apoiar o crescimento gradativo da produção. Segundo o projeto, o Brasil deve produzir 4,2 milhões de toneladas no próximo ano, 5 milhões de toneladas em 2004, 6,430 milhões de toneladas em 2005, 6,5 milhões de toneladas em 2006, e, finalmente, em 2007, 6,560 milhões de toneladas. De acordo com o documento, a indústria se compromete a pagar pelo produto nacional o equivalente ao preço do similar importado posto no porto brasileiro e o governo assegura oferta de recursos para custeio e apoio na comercialização. O novo documento voltará a ser discutido em nova reunião em Brasília, ainda este ano. A idéia, segundo Souza, é ter a presença de representantes do novo governo nesse encontro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.