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ACSP: alta do PIB favorece perspectivas para fim do ano

Por Anne Warth e PAULA PULITI E CHIARA QUINTÃO
Atualização:

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, comemorou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, com alta de 5,4% ante o mesmo período do ano passado. Conforme ele, o crescimento do consumo das famílias, de 5,7% no mesmo período, melhorou a perspectiva do setor para o fim de 2007, com a proximidade do Dia das Crianças e do Natal, que estão entre as melhores datas para as vendas do comércio. "Os bons ventos sopram e temos que aproveitar o momento, mas com cautela, tendo em vista as recentes turbulências internacionais", disse. Para 2007, o comércio paulistano espera uma elevação nas vendas entre 5% e 6%. Segundo Burti, as preocupações com o aumento da inflação não devem chegar ao comércio, mas certamente serão alvo do Banco Central (BC). "Acho a política do BC muito restritiva, mas não se pode dizer que esteja errada. Apenas poderia ser um pouco mais elástica, de modo a permitir um crescimento econômico um pouco maior", declarou. Iedi O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) considera "digna de destaque" a aceleração da indústria na composição do PIB, saltando de um crescimento de 0,4% no primeiro trimestre, na margem, para 1,3% no segundo trimestre. "Sinaliza que o setor retomou sua condição que, para alguns, havia sido perdida para o setor de serviços, que é a de liderar o crescimento da economia". De acordo com a interpretação do Iedi, não fosse a aceleração do setor industrial, o PIB do segundo trimestre teria sido bem inferior do que o do primeiro trimestre, "frustrando, assim, a expectativa de aceleração do crescimento". Construção O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat), Melvyn Fox, disse que o avanço do setor de 6,3% no segundo trimestre ficou dentro das expectativas e demonstra tendência de alta para o terceiro e quarto trimestres. "O crescimento foi puxado pelo setor habitacional, com muito pouco impacto de obras de infra-estrutura e saneamento. Nunca houve tantos recursos para a habitação", contou Fox. Segundo o presidente da Abramat, o aquecimento do setor reflete também as reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciadas no ano passado.

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