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ACSP: Inadimplência deve cair em fevereiro

A Associação Comercial de São Paulo estima que o índice de inadimplência na primeira quinzena de fevereiro apresente queda em relação a janeiro, quando foi registrado 9,6%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O índice de inadimplência em São Paulo na primeira quinzena de fevereiro deverá apresentar queda em relação aos 9,6% calculados em janeiro, segundo dados preliminares da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Houve uma redução dramática no porcentual de registros recebidos comparado ao registrado em janeiro e o indicador deve ficar entre 9% e 9,5%", afirma o presidente da entidade, Alencar Burti. No mês passado, houve aumento de 51,9% na quantidade de registros recebidos em relação ao mesmo mês de 2000. Segundo Burti, neste mês, ante fevereiro de 2000, esse porcentual deve ser bem menor. A queda na taxa de inadimplência, no entanto, não deverá ser suficiente para que esta fique abaixo dos 8,4% registrados em fevereiro do ano anterior, mas aponta desaceleração da trajetória de alta do calote que, de dezembro para janeiro, subiu 5,4 pontos porcentuais. Para o presidente da Associação, é importante destacar que, apesar de se tratar de um período pontual de alta do indicador, o fato deve ser avaliado com atenção e implica no aumento da cautela das empresas antes de oferecer o crédito. Além disso, o economista Emílio Alfieri acrescenta que o resultado de janeiro de 2000 não acompanhou o comportamento usual desse mês em anos anteriores. Isso reforça, segundo ele, o fato de a diferença em relação ao ano passado ser bem menor em fevereiro. A previsão na Servloj, que administra a cobrança de 3 mil crediários a cada mês de quatro grandes financeiras, é de que o resultado da inadimplência em fevereiro mantenha-se no mesmo patamar e haja queda significativa a partir de março e, principalmente, em abril. Segundo o diretor-geral da empresa, Oswaldo de Freitas Queiroz, se houver alguma alta em relação a janeiro, esta será pequena e em virtude do menor número de dias úteis do mês. Ele acrescenta que é natural que as vendas de dezembro tragam aumento do risco para o primeiro trimestre do ano, o que ocorreu em menor escala em 2000. "O quadro atual não significa uma crise da inadimplência", diz "Um fator que ilustra isso, por exemplo, é o fato dos juros não estarem subindo, apesar de não terem caído no período."

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